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PRODUÇÃO DE AMOREIRA-PRETA SOB DIFERENTES SISTEMAS DE CONDUÇÃO
26 de setembro de 2016
ANÁLISE DE DISTÂNCIA GENÉTICA ENTRE ACESSOS DO GÊNERO PSIDIUM VIA MARCADORES ISSR
26 de setembro de 2016
Publicado por Toda Fruta em 26 de setembro de 2016
Categorias
  • Amora-preta
  • Notícias
Tags
  • amora-preta

04/12/2015 – Grupo Cultivar por Cristiane Betemps.

A moda agora é você preparar para eventos especiais os bolos pelados, os “naked cakes”, que na sua maioria utilizam frutas. Neste caso, algumas frutas pouco usadas, ou comercialmente mais caras, e que carregam a delicadeza e o potencial nutricional recomendados por especialistas da área da saúde como o caso das frutas vermelhas. Entre elas, encontramos a amora-preta.

A amora-preta, embora considerada uma fruta pouco cultivada e usada na nossa região, está presente em algumas pequenas propriedades. “A cultura da amoreira-preta é destinada aos agricultores familiares, pois é possível agregação de valor ao produto, aproveitamento da terra e se pode contar com a família no manejo, pois precisa de bastante mão de obra”, orienta a pesquisadora Maria do Carmo Bassols Raseira, da Embrapa Clima Temperado, Pelotas/RS, que trabalhou junto ao lançamento de seis variedades e que vem há muitos anos se dedicando a novas pesquisas. Através do melhoramento genético da fruta, os estudos possibilitam lançar ao mercado variedades com características desejáveis para mesa e para indústria.

Por este longo trabalho, a Embrapa é a responsável no país por desenvolver cultivares de amoreira-preta para a produção comercial. Os estudos de pesquisa em torno da cultura, se iniciaram em 1973, e de lá prá cá, foram lançadas seis cultivares: Ébano, Negrita, Kaigangue, Guarani, Xavante e Tupy, sendo esta última, a mais cultivada no mundo. Antes do término do ano de 2015, a Empresa lança o mais novo produto em fruticultura: a BRS Xingu. Uma variedade de amoreira-preta que vem atender desejos do agricultor e do consumidor como um período mais tardio de colheita – cerca de 15 dias a mais que a variedade Tupy – e sabor mais doce. 

A amoreira-preta BRS Xingu – Originária de cruzamento realizado em 2003 entre a cultivar Tupy e a cultivar americana ‘Arapaho’, a cultivar BRS Xingu é bastante semelhante ao seu parental materno, se distinguindo pela maturação um pouco mais tardia. Em média, a maturação inicia 10 dias depois da cultivar Tupy e o período de colheita se estende por mais duas semanas, após o final da colheita da cultivar Tupy.

Testada como seleção Black 164, suas plantas têm espinhos nas hastes, as quais são de hábito semi-ereto a ereto, não sendo resistentes à ferrugem-da-haste. Segundo a pesquisadora, essa condição de ser semi-ereta pode ser identificada como uma dificuldade, sendo necessária a sustentação de arame para seu desenvolvimento. Quanto a sanidade das plantas, a amoreira não apresentou nenhuma ocorrência, por isso, não sofreu nenhum tratamento fitossanitário, apenas se usou adubo mineral. Essa cultivar tem a mesma faixa de adaptação da cultivar Tupy, ou seja, áreas com 200 a 300 horas de acúmulo de temperatura hibernal abaixo de 7,2 ºC. Entretanto, isso não significa que não possa se adaptar a outras áreas, apenas que ainda não foram testadas em condições diferentes. A BRS Xingu, como todas as cultivares de amora-preta, em geral, não se adapta a solos encharcados. “Temos parceiros para cultivo e adaptação nos estados do Paraná, Santa Catarina e São Paulo, assim como temos trabalhos em conjunto com uma empresa na Escócia, que faz testes em diversos países, como será o caso, da Guatemala e México. E também nos procuraram para manter contato, uma empresa chilena”, contou a pesquisadora.

Na coleção da Embrapa, na média das últimas seis safras, a BRS Xingu produziu 800 g a mais por planta do que a cultivar Tupy. “Cada planta pode produzir até 3kg por planta. E alguns agricultores colheram entre 12 a 20 toneladas por hectare”, informou.

As frutas são preto-avermelhadas, de tamanho médio a grande e boa firmeza. O sabor é doce-ácido. Em painéis de análise sensorial, essa seleção foi considerada levemente superior, em aparência à cultivar Tupy, e semelhante em textura e sabor. As frutas da BRS Xingu tiveram muito boa conservação pós-colheita. “Elas mantiveram a cor preto-avermelhadas na mesma intensidade, demonstrando que são uma boa opção para mesa”, considerou.

O preço de venda da fruta pelo agricultor para indústria está cotada em cerca de quatro reais o kilo, enquanto que para a mesa o valor é mais elevado. Muitos são seus usos na culinária, e pode ser explorada comercialmente. “É possível usar a amora no preparo de sorvetes, tortas, geleias e sucos, e tem algo ainda não explorado da fruta que é o seu corante natural, podendo ser usado na apresentação de alimentos, pois a maioria dos corantes alimentícios são artificiais”, sugeriu Maria do Carmo.

Após o lançamento da variedade, as mudas poderão ser encontradas junto a viveiristas licenciados pela Embrapa. Se tiver interesse, acesse a página de cultivares da Embrapa em www.embrapa.br/produtos-e-mercado/cultivares.

 

Benefícios para saúde – A parte de estudo sobre as propriedades funcionais da fruta são importantes nos dias atuais pelos benefícios à saúde. Segundo o pesquisador Luis Eduardo Antunes a amoreira-preta apresenta frutas de alta qualidade nutricional e valor econômico significativo. Elas são ricas em vitamina C e contêm em torno de 85% de água, 10% de carboidratos, elevado conteúdo de minerais, vitaminas do complexo B e A, além de serem fonte de compostos funcionais, como ácido elágico e antocianinas. Também são ricas em fibras e ácido fólico.

A pesquisadora Márcia Vizzotto explica que estudos comprovam que as frutas da amoreira-preta contêm ainda ácidos graxos essenciais, como o linoléico e o linolênico. Esses compostos devem ser obtidos através da dieta e são importantes para regular várias funções do corpo, incluindo pressão arterial, viscosidade sanguínea, imunidade e resposta inflamatória. Conforme ela, se conhece pouco sobre o valor nutricional e parâmetros de qualidade das diferentes variedades de amora que foram desenvolvidas/introduzidas no Brasil. Mas, a Embrapa tem trabalhos recentes que comparam as características físico-químicas de cultivares de amora-preta já difundidas no Brasil, com seleções que estão sendo desenvolvidas na unidade de pesquisas. “A amora-preta in natura é altamente nutritiva, apresentando elevado conteúdo de minerais, vitaminas B, A e cálcio. Uma série de funções e constituintes químicos é relatada na literatura internacional relacionados às qualidades da amora-preta, estando, entre eles, o ácido elágico, um composto fenólico que possui funções antioxidante, anti-mutagênica, anticancerígena e além de ser um potente inibidor da indução química do câncer”, comenta. A pesquisadora conduz um trabalho para quantificar os compostos fenólicos totais e a atividade antioxidante de frutas provenientes de 10 seleções (com e sem espinho) e quatro cultivares com espinhos de amoreira-preta cultivadas na região Sul do Brasil.

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Toda Fruta

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