RUBUS spp.
Rubus spp, Rosaceae, a amora-preta, foi introduzida pela Embrapa no início da década de 70. A amora-preta vem tendo aumentada sua produção no País, mas ainda é pouco consumida. O gênero Rubus tem um grande número de espécies e há muitas variedades cultivadas. O fruto da amora-preta é chamado de polidrupa, ou seja, é composto, arredondado ou alongado, de cor preta quando maduro e vermelha quando ainda verde. Há variedades sem espinho nos ramos, o que facilita a colheita. Essa é feita no período de primavera-verão. As variedades mais comuns no mercado são Brazos, Comanche, Cherokee, Ebano (sem espinhos), Tupi, Guarani e Caigangue. É originada da Ásia, Europa e Américas. O conteúdo de fitoquímicos, carotenoides e antocianina, na amora-preta faz um fruto de valor medicinal, com alta atividade antioxidante.
Vitaminas – vitamina A, com 200 UI; B1, com 30 mcg; B2, com 58 mcg; B3, com 0,43 mg e apenas 22 mg de vitamina C.
Minerais – cálcio – 28 mg; ferro – 0,6 mg; magnésio – 19 mg; fósforo – 21 mg; potássio – 161 mg.
A Embrapa Clima Temperado lançou vários híbridos de amora, e a cultivar Tupy (híbrido de Comanche x Uruguai) foi a de maior aceitação, sendo plantada no México e em outros países, e ganhado prêmio no Congresso da Sociedade Americana de Horticultura, na Califórnia. A citada cultivar foi obtida pelo trabalho do pesquisador Alverides Machado dos Santos, da Embrapa. A Tupy tem alta produtividade, boa adaptação, boa qualidade, com bons níveis de açúcares e acidez equilibrados, cor, pós-colheita e tamanho adequados.
Luiz Carlos Donadio
E-mail: luizdonadio@ig.com.br
Publicado em Março de 2014 na Revista Brasileira de Fruticultura, Jaboticabal – SP, v. 36, n. 1, p. 100-111.
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