Nome científico: Astrocaryum spp.
Nome popular: tucumã
Família botânica: Arecaceae
O tucumãzeiro é uma palmeira típica da região amazônica pertencente ao gênero Astrocaryum. Embora a maioria das espécies deste gênero possa ser utilizada pelos humanos, apenas algumas têm potencial econômico promissor e importância significativa no comércio regional. Dentre estas, destaca-se o Tucumã-do-Amazonas (Astrocaryum aculeatum G. Mey), com uso tradicional diversificado. Especialmente seu fruto é muito apreciado na culinária regional, devido à sua polpa com sabor típico (lembrando nozes e castanhas frescas), rico em calorias, vitaminas e minerais.
Tucumã in natura e sua polpa beneficiada manualmente podem ser facilmente encontrados nos mercados municipais, feiras livres e com vendedores ambulantes nas ruas de Manaus. Entre os produtos regionais vendidos nesses espaços, o tucumã apresenta tradicionalmente o maior valor. Seu preço é tão elevado que um quilograma da polpa chega a custar quatro vezes mais do que o quilograma do tambaqui, um dos peixes mais caros localmente. O curto tempo de prateleira e o baixo rendimento de polpa por fruto são os principais fatores que contribuem para o elevado preço da polpa.
Considerando-se a quantidade mensal comercializada, esta palmeira tem uma contribuição econômica importante, com tendência crescente na capital do Amazonas. Muitos frutos provêm ainda do extrativismo e não de plantações comerciais. Frequentemente, frutos de baixa qualidade chegam ao mercado misturados aos de qualidade superior. Para superar a variação sazonal na oferta, vários municípios da região, com distância de até 1.000 quilômetros, abastecem o mercado de Manaus. Desta forma, o tucumã-do-amazonas ainda se encontra em estágio de semidomesticação.
Esta palmeira necessita de maior investimento para aumentar a produção de frutas de alta qualidade, reduzir os gargalos de transporte de longa distância, bem como o desenvolvimento de tecnologias mais eficientes para a extração da polpa e seu armazenamento.
Fonte: FERRAZ, I.D.K.; DIDONET, A.A. Revista Brasileira de Fruticultura, vol. 36, no 2 – jan/jun 2014
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