O Instituto Agronômico (IAC) obteve a patente de invenção de uma máquina de poda e pré-poda da videira e cultivos assemelhados. O protótipo foi criado para atender às características dos campos nacionais, pois o solo brasileiro tem maior propensão à compactação do que o de outros países produtores de uva. Para desenvolver a máquina, o IAC, da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, mapeou os impactos da introdução da mecanização da viticultura. Esses equipamentos são adaptados a cada país de acordo com as características de solo, planta e condições socioeconômicas dos viticultores. A relevância de ter uma tecnologia protegida pelo direito de patente de invenção está na possibilidade de promover a divulgação do resultado. Isso porque a patente libera a instituição e seus pesquisadores-inventores da exigência do segredo. A patente da máquina facilita a aproximação com o setor produtivo, amplia as oportunidades de negócios e parcerias com a iniciativa privada.
A máquina, desenvolvida pelo pesquisador Antonio Odair Santos, possui sistema pórtico articulador acoplado ao trator. O pórtico está ligado a um segundo rodado, dessa forma a máquina não fica sustentada totalmente no trator, o que reduz a compactação do solo. “O pórtico faz correções devido às inclinações do terreno e foi criado levando em consideração a preocupação da compactação do solo”, explica Santos.
O equipamento patenteado realiza a pré-poda, que é a limpeza de ramos, antes da poda. Isso é feito para facilitar o ajuste final da poda, pois são removidos os ramos ao redor. O equipamento pode ser adotado tanto em videiras com produção para o consumo in natura quanto para a indústria.
Atualmente a pesquisa está na etapa de observação conjunta, que inclui a equipe do IAC e vinícolas da Serra da Mantiqueira. “Trata-se de aplicação do protótipo diretamente nos vinhedos de parceiros, visando estudar o sistema produtivo sob o aspecto da mecanização da poda. Esse processo já havia sido iniciado, mas foi paralisado em razão da pandemia”, explica o pesquisador do IAC, da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA).
Fonte: *Carla Gomes e Mônica Galdino / Assessoria de Imprensa – IAC