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Publicado por Toda Fruta em 17 de março de 2020
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(Propriedade das fotos: à esquerda, Wikipedia; à direita, Canal Rural)

Nome científico: Humulus lupulus. Variedades: H. lupulus var. lupulus (Europa, Ásia Ocidental); H.lupulus var. cordifolius (Ásia Oriental); H. lupulus var. lupuloides, sin. H. americanus (região Oeste da América do Norte); H. lupulus var. neomexicanus (região Leste da América do Norte); H. lupulus var. pubescens (região central da América do Norte).

Nomes populares: lúpulo, pé-de-galo

Família botânica: Cannabaceae

 

Características gerais – O lúpulo propriamente dito é o fruto escamoso das plantas fêmeas de Humulus lupulus, que é uma liana, angiosperma, nativa da Europa, da Ásia ocidental e da América do Norte. É uma planta dioica, perene, herbácea, que produz brotos no início da primavera e definha como um rizoma endurecido no inverno. Sendo uma trepadeira, tem capacidade de crescer de 4,6 a 6,1 metros. Possui flores polinizadas pelo vento que atraem borboletas.

Usos – O lúpulo (flor e fruto) é tradicionalmente utilizado na fabricação de cerveja, junto com malte (grão maltado), água e levedura. No calor do cozimento da mistura, o lúpulo libera suas resinas de sabor amargo, dando à cerveja seu gosto característico. Mas é um conservante natural, sendo essa uma das principais razões para ser utilizado na produção da bebida. Antigamente, era adicionado diretamente ao barril de cerveja após a fermentação para mantê-la fresca enquanto era transportada. Foi assim que um estilo particular de cerveja surgiu, a India Pale Ale. Na virada do século dezoito, os cervejeiros britânicos começaram a enviar cerveja forte, com muito lúpulo adicionado aos barris, para preservar a bebida durante a viagem de vários meses para a Índia. No final da viagem, a cerveja acabava adquirindo grande intensidade de aroma e sabor de lúpulo, considerada perfeita para satisfazer a sede do pessoal britânico nos trópicos. Além de constituinte da cerveja, o lúpulo é cultivado como trepadeira ornamental em jardins em áreas subtropicais e temperadas. Também é usado em pequena escala na alimentação, produzindo o chamado “aspargo de lúpulo”. H. lupulus contém mirceno, humuleno, xantohumol, mircenol, linalol, tanino e resina.

Etimologia – O termo lupulus significa, em Latim, “pequeno lobo”. Refere-se à tendência da planta de estrangular outras plantas, como o lobo faz com as ovelhas.

Maiores produtores – Embora tradicional no Reino Unido, a produção inglesa de lúpulo é pouco significativa. Os maiores produtores, em volume, são Alemanha e Estados Unidos, que juntos respondem por 70% da produção mundial. Em seguida, em ordem decrescente, vêm: China, República Tcheca, Polônia, Coreia do Sul, Eslovênia, Albânia, Espanha e Nova Zelândia (sendo esta última referência na produção de lúpulo orgânico).

Propagação – O lúpulo europeu é propagado em viveiros ou por estaquia. É colocado em montes formados em buracos na primavera, os quais são preenchidos com compostagem de folhas. A densidade dos buracos varia entre três e cinco buracos por metro quadrado. Uma, duas ou três plantas são colocadas em cada monte. Se o lúpulo for propagado por estaquia, quatro ou cinco plantas, com 7 a 10 cm de comprimento, são plantadas com profundidade de 3 a 5 cm na compostagem.

Colheita – No hemisfério norte, o lúpulo floresce no início do verão (por volta do fim de junho ou começo de julho). Nesse ponto, as estacas estão inteiramente cobertas pela folhagem, e as flores pendentes aparecem em cachos. O lúpulo propriamente dito, que é o fruto escamoso das plantas fêmeas, é colhido manualmente quando a semente se forma, por volta do fim de agosto. Os frutos são, então, secos, expostos ao ar por alguns dias, e embalados em sacos para serem enviados ao mercado.

Histórico

  • A primeira citação do uso do lúpulo na elaboração de cervejas é encontrada na epopeia nacional da Finlândia, o Kalevala, que remonta a períodos anteriores a 1000 a.C.
  • A evidência mais aceita do primeiro campo de cultivo de lúpulo data de 736, no jardim de um prisioneiro de origem eslava, próximo ao distrito de Gensenfeld, em Hallertau, na atual Alemanha.
  • Em 1067, Hildegard Von Bingen assim descreveu as qualidades do lúpulo para o uso na fabricação de cervejas: “Se alguém decide preparar cervejas com aveia, deve utilizar lúpulo”.
  • Em 1516, o duque Guilherme IV da Baviera, instituiu a Reinheitsgebot (Lei de Pureza da Cerveja),  determinando que água, malte e lúpulo seriam os únicos ingredientes utilizados na sua elaboração.
  • O lúpulo foi introduzido nas cervejas da Inglaterra no início do século dezesseis.  Nos Estados Unidos, seu cultivo começou em 1629, no estado de Virgínia Ocidental, atual Distrito de Columbia e cidade de Washington.
  • Até a chegada da mecanização (final dos anos 1960, no Reino Unido), a necessidade de grande quantidade de mão de obra durante o período da colheita fazia com que a cultura de lúpulo tivesse grande impacto social. Muita da mão de obra vinha de Londres. Famílias inteiras chegavam em trens especiais e moravam em cabanas durante a maior parte do mês de setembro. Até crianças ajudavam na colheita. Em Kent, as áreas de produção de lúpulo tinham oast houses, casas onde o lúpulo era secado. Atualmente, muitas delas são residências.

 


 

Incentivo ao cultivo de lúpulo no Brasil

(Autoria: Assessoria de Imprensa da Ambev, março/2020)

É na região do Sul do Brasil, na Serra Catarinense, que está nascendo um projeto para incentivar a produção brasileira de lúpulo, com troca de conhecimento entre pequenos produtores locais, a comunidade e a Cervejaria Ambev. Ainda produzido em pequenas quantidades no país por se desenvolver favoravelmente em climas frios, o lúpulo é cultivado em fazendas da Serra Catarinense. Para fomentar o aumento da produção para atender ao mercado nacional cervejeiro de forma mais significativa e com impacto para o desenvolvimento da agricultura local, a Ambev anunciou um projeto, em Lages, com iniciativas que vão desde auxílio técnico para os produtores até utilização de uma planta piloto e viveiro de mudas para a realização de testes de manejo e de variedades.

 


 

Produtor desenvolve primeiro lúpulo brasileiro

(Autoria: Henrique Bighetti – Canal Rural – janeiro/2018)

O lúpulo é um dos principais ingredientes na fabricação da cerveja. A planta é de origem europeia, o que dificulta o cultivo em clima tropical. Mas, graças ao trabalho de um agricultor do interior de São Paulo, foi desenvolvido uma variedade adaptada às condições nacionais.

Você já pensou em produzir numa região com mais de 40 dias de geada no ano, altitude acima de 1.600 metros e bem no meio da mata atlântica? O que para muitos parecia utopia, para Rodrigo Veraldi foi oportunidade de tentar algo nunca feito antes no Brasil.

“É uma planta que prefere solos de alto teor de matéria orgânica, solos de várzea que possuem grande concentração de matéria orgânica. É importante dizer que o lúpulo é nativo de regiões temperadas, mas isso não quer dizer ele se limita a esse tipo de clima. Nós estamos hoje cultivando lúpulo em solos de climas tropicais e quentes. É uma questão de adaptação”, diz Veraldi.

As cervejarias nacionais consomem cerca de 2.500 toneladas de lúpulo por ano. Quase todo o volume é importado, a um custo de US$ 35 milhões. No Brasil, as primeiras variedades começaram a ser cultivadas em 2009. A produção ainda é modesta, apenas 5 toneladas por safra, mas pode representar o início de um novo ciclo nesse mercado.

“Para ter acesso a um lúpulo de qualidade, você precisa importar. E isso acaba sendo um fator de custo. Os maltes que usamos hoje também são importados. Então, para cervejarias artesanais o custo dessa matéria prima é elevado. O desenvolvimento do lúpulo nacional vai viabilizar no futuro o acesso a uma matéria prima mais em conta. Outro fator importante é a geração de empregos”, afirma Sidney Telles Filho, mestre cervejeiro da Heineken Brasil.

A primeira variedade de lúpulo produzida em solo nacional surgiu por acaso. A história começou em 2005, quando Veraldi ganhou as primeiras variedades e conseguiu fazer a germinação em estufa. Em seguida, o produtor tentou levar o experimento a campo, mas as plantas não resistiram e foram descartadas.

Na época, ele pensou que era o fim de todo o trabalho, mas depois ele reparou que uma das plantas havia resistido. Surgia então a primeira variedade de lúpulo brasileiro, que foi batizada com o nome da região em que foi desenvolvida: a Serra da Mantiqueira.

Hoje, na fazenda de Veraldi, já são 950 plantas, que produzem 800 quilos de lúpulo por ano. A planta é uma trepadeira que precisa de muita luminosidade para se desenvolver. Ela cresce até 30 centímetros por dia e chega a 6 metros de altura. O custo para implantação da cultura é de R$ 80 mil por hectare, e a produtividade média é de um quilo por planta.

“É uma planta que tem ciclo anual em regiões mais frias. Em regiões mais quentes, a gente observa até duas colheitas por ano. Nós estamos testando no Brasil em climas mais quentes. Plantando em outubro, ela vai dar a primeira colheita em fevereiro e março, mas essa primeira safra não é comercial. A partir do segundo ano, ela atinge seu potencial máximo de produtividade”, afirma Veraldi.

A variedade desenvolvida pelo agricultor chamou a atenção da cervejaria Baden Baden, que firmou uma parceria com o produtor e desenvolveu a Märzen, uma cerveja feita 100% com lúpulo brasileiro. No ano passado foram fabricados dez mil litros da bebida, e todo o volume foi comercializado.

“É uma cerveja que traz a nota do lúpulo brasileiro. Ela tem esse equilíbrio entre o malte e o lúpulo brasileiro, um pouco mais de álcool e corpo e com a cor um tom acima da cerveja pilsen. Com o desenvolvimento desse mercado, podemos, sim, usar o lúpulo brasileiro em outras cervejas”, diz o mestre cervejeiro da Heineken.

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Toda Fruta

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