Nome científico: Diclidanthera laurifolia Mart.
Nomes populares: abutua-grande, parreira-brava, uva-da-mata, batata-brava e butua. Em tupi é conhecida como ibátyrama, ou fruta de ramalhete.
Família botânica: Polygalaceae
Distribuição geográfica e hábitat: planta de capoeiras, ocorrendo do Espírito Santo até o Paraná e em Minas Gerais, em cerradões e matas semidecíduas. Na Mata Atlântica, ocorre no litoral.
Nativa do Brasil, a planta é uma trepadeira, que cresce sobre árvores ou arbustos, sarmentosa, escandente, caule lenhoso, cilíndrico, ou ligeiramente achatado, ou anguloso, com ramos pilosos.
Folhas: são longopecioladas, com 20 a 30 cm de comprimento e tomentosas na face inferior, subcoriáceas, glabras na face superior.
Flores: são de cor creme- amarela, com 1,5 a 1,8 cm de comprimento, cálice esverdeado, bissexuadas, pentâmeras, com sépalas dispostas em uma série, com até 10 estames epipétalos, com ovário pentalobar, em rácemos, apicais, longos, que ocorrem geralmente entre setembro e outubro.
Frutos: em cachos, com 1,5 a 2,3 cm, bagas de forma oval, cor preta ou violácea, globosos ou levemente oblongos, com casca fina e lisa, polpa carnosa, de sabor doce-acidulado. São apreciados em razão da semelhança de seu sabor com o da jabuticaba ou da uva. Polpa mucilaginosa. Contém cristais de oxalato de cálcio, com duas a quatro sementes pequenas. A maturação ocorre usualmente no verão.
Clima e solos: pela sua origem, adapta-se mais à região subtropical, sendo pouco conhecida em outras áreas, de clima diferente. Os solos preferidos são os bem drenados, permeáveis e profundos, de preferência férteis, mas também pode ser cultivada ou ocorrer em terrenos mais pobres, até ácidos.
Usos: O fruto é consumido geralmente ao natural, maduro e, como a jabuticaba, de preferência logo após a colheita. Poderia ser usado para fazer-se doces, geleias e sucos. Melífera. Atrativa da fauna. Comestível. Citada como tendo propriedades medicinais.