Nome científico: Opuntia ficus-indica (L.) Mill
Nome popular: figo-da-índia
Família botânica: Cactaceae
Distribuição geográfica e habitat: é originária do México. No Brasil ocorre colonizando Áreas Antrópicas, na Caatinga, Floresta Ombrófila Densa e Restinga.
É espinescente.
Folhas: são filocládios grossos, ramificados, com pequenos espinhos deiscentes.
Flores: solitárias, diurnas, andróginas, dispostas no ápice do segmento terminal.
Frutos: bagas alongadas, com polpa suculenta, globosa, de sabor doce, com muitas sementes duras.
Clima e solo: a planta deve ser cultivada sob sol pleno, em diversos tipos de solo, desde que bem drenáveis, enriquecidos com matéria orgânica e irrigados de forma esparsa. Extremamente resistente à estiagem, não necessita regas se exposto às intempéries. Não tolera encharcamento, apodrecendo rapidamente a partir das raízes. Não aprecia a salinidade no solo, assim como altos teores de argila.
Os frutos são muito suculentos, doces e se prestam para consumo na forma de sucos, geleias, compotas, licores, destilados. Diz-se que o sabor dos frutos lembra o de uma melancia bem doce. Os artículos também podem ser consumidos como verdura. No México, entram na composição de um tipo de ovos mexidos matinal. Os frutos são consumidos in natura.
Atribuem-se ao figo-da-índia, por ser rico em hidratos de carbono complexos, compostos fenólicos, carotenoides, vitaminas C e E, glutationa e ácidos poli-insaturados, propriedades medicinais antioxidantes, hipolipidêmicas, cicatrizantes, diuréticas, gastroprotetoras e hepatoprotetoras, além de ser indicado para o tratamento de hiperglicemia, aterosclerose e diabetes mellitus.
No paisagismo, a figueira-da-índia é curinga em jardins de baixa manutenção e naqueles de inspiração árida, rochosos. Pode também ser um ponto de destaque, pelo formato diferente que adquire. É interessante também em renques, formando cercas vivas defensivas.
Pode ser cultivado em vasos, mas não tolera ambientes internos devido à pouca luz. É considerado uma importante forrageira para criações de animais, como bois e cabras.
Uma utilização curiosa, embora muito antiga e tradicional, para esta espécie é na criação da cochonilha Dactylopius coccus, para produção do corante natural carmim.
Opuntia ficus-indica L. Mill., Cactaceae. O fruto de palma (Opuntia ficus indica), conhecido popularmente como figo-da-índia ou tuna, cresce em toda a América, do sudeste do Canadá à Patagônia. Graças à sua habilidade de adaptação a diversas condições climáticas, a palma cresce em diferentes solos e climas, e é importante fonte alimentar, fornecendo forragem durante todo o ano no caso de alimentação para animais. Na alimentação humana, o consumo é por meio do consumo de seus frutos tanto ao natural, como na forma de doces e compotas, sendo considerada uma iguaria típica do México e da região Andina. No Brasil, destina-se principalmente à forragem animal, sendo que a área plantada soma cerca de 500 mil ha, na região Nordeste e nos estados de Goiás, Mato Grosso e Minas Gerais.
Apesar do nome, o figo-da-índia é originário do México, encontrado em terras áridas, seu maior produtor. Também cultivado na Europa (em especial na Espanha e na Itália), na África e na América do Sul (Chile e Brasil, no Nordeste e em pequena escala em São Paulo). Seu nome científico provém de sua origem indígena e não da Índia. Por adaptar-se em locais com pouca chuva, é cultivado inclusive na Europa. No Brasil, é cultivado como ornamental e comercialmente em poucas áreas. Aparece nos mercados proveniente de plantações de Valinhos, SP.
No mercado, os frutos já são comercializados sem os seus espinhos típicos. Têm coloração amarelo-esverdeada a alaranjada, peso médio de 150 a 170 g, até 200 g. Demora de 70 a 110 dias da florada à colheita, chegando até a 150 dias. Em Selvíria, MT, os frutos têm em média 90 a 105 dias após a florada para amadurecer, com média de 96 dias, medindo de 8 a 9 cm. Mede de 4,8 a 10 cm de comprimento por 4 a 8 cm de diâmetro. Há variedades de frutos vermelhos, laranja e amarelos. A casca do fruto é grossa, coriácea, mas facilmente cortada, mostrando a polpa de cor alaranjada, com muitas sementes, as quais podem ser comidas junto com a polpa. Esta é translúcida, suave, suculenta e aromática, mas um pouco mucilaginosa. Os mexicanos acreditam que as sementes é que têm poder de auxílio na digestão. O sabor é adocicado, agradável, podendo ser consumido ao natural ou usado para sucos, doces e geleias, como alguns produtos fabricados e comercializados no Chile. A polpa perfaz em média 10,6%, o suco 38,7%, a casca 40,5% e as sementes 10,2% sobre o peso seco.
Minerais – cálcio 10 – 30 mg; potássio 158 – 217 mg; magnésio 16 – 28 mg; ferro – 0,40 mg; fósforo – 12 – 32 mg.
Vitaminas – vitamina B1 – 10 mcg; vitamina B2 – 20 mcg e vitamina A – 10-13 mg.
O fruto pode ser conservado à temperatura de 0,5 a 5 oC durante um mês em condições de consumo. As sementes contêm um óleo rico em ácido linoleico, e as palmas contêm fármacos utilizados na medicina popular.
Fruto aberto mostrando a polpa e as sementes.
Fonte: DONADIO, L.C.; ZACCARO, R.P. Valor nutricional de frutas.
Seu cultivo para a produção de frutos está concentrando-se em São Paulo, na região de Valinhos, onde, segundo o LUPA (Levantamento das Unidades de Produção Agropecuárias, da Secretaria de Estado da Agricultura), é cultivada em 18 propriedades com área total de 17,6 hectares. Da produção, parte é exportada para a Europa e parte comercializada no mercado interno, principalmente na cidade de São Paulo. Por seu alto valor nutritivo, é importante fonte de fibras, carboidratos e minerais, como zinco e cromo. A época de colheita concentra-se de janeiro a março, período em que são colhidas variedades com colorações amarela, branca e roxa. A forma de plantio é por meio da palma madura (fibrosa), fazendo-se uma cova e enterrando a palma até a metade, com a ponta para baixo.
Eng. Agr. JOSÉ AUGUSTO MAIORANO, CATI-SP.