• FRUTAS
    • Frutas e A-Z
    • Doenças e Pragas
    • Boas Práticas
    • Frutas e Saúde
    • Biblioteca
  • ORGÂNICOS
  • SERVIÇOS
    • Cursos e palestras
    • Consultoria
    • Perguntas e Respostas
  • INFORMAÇÕES
    • Quem Somos
      • História
      • Agradecimento
      • Missão, Visão e Valores
      • Equipe
      • Localização
    • Notícias
    • Agenda e Eventos
    • Perguntas & Respostas
    • Entrevistas
    • Links Úteis
  • CONTATO
  • ASSOCIADOS
    • Cadastrar
  • BOLETIM
  • CLASSIFICADOS
    • Consultores
    • Compra e Venda
    • Viveiros
  • Frutas
  • Doenças e Pragas
  • Boas Práticas
  • Biblioteca
EXPOFRUIT 2025 Sustentabilidade e Inovação: Fruticultura Tropical Responsável.
28 de julho de 2025
XXIX Congresso Brasileiro de Fruticultura: Fundecitrus apresenta os avanços das pesquisas no controle do greening e dados da estimativa de safra
5 de agosto de 2025
Publicado por Toda Fruta em 5 de agosto de 2025
Categorias
  • Destaque Home
  • Morango
  • Notícias
Tags

Morango do Amor

Brasil ocupa a 9ª colocação mundial na produção de morango, com 2,1% do total produzido

Divulgação Xico Graziano 5.ago.2025

Um fenômeno do e-commerce turbinou a fruticultura: a viralização do “morango do amor” nas redes sociais. O delicioso doce caiu na graça do mercado, estimulando os agricultores. Tema do caderno “Paladar”, do Estadão, mostra que as entregas da sobremesa pelo iFood registraram um crescimento de 2.300% no último mês, saltando de 11.000 pedidos para 275 mil pedidos em julho. Foram vendidas 524 mil unidades de morango do amor, mais que o ano passado inteiro.
Rapidamente, a oportunidade de mercado foi percebida pelos comerciantes. Em junho, havia 830 lojas com a iguaria em seu cardápio; no mês seguinte, em julho, já eram mais de 10.300 lojas. O morango do amor escalou como jamais se viu. Haverá fruta para tanta demanda?

O município de Atibaia (SP), chamada de capital nacional do morango, junto com o vizinho Jarinu (SP), dão a fama aos morangos paulistas. Mas o Estado de Minas Gerais, tendo o município de Pouso Alegre, na Serra da Mantiqueira, como referência, é a maior região produtora de moranguinhos no Brasil. No ranking da produção, São Paulo fica em 4º lugar, atrás do Paraná e do Rio Grande do Sul.

O morango é globalizado. O Brasil ocupa a 9ª colocação mundial do moranguinho, com 2,1% do total produzido (2021). China, Estados Unidos e Turquia são, de longe, os maiores produtores mundiais.
Grande parte da colheita segue ao processamento, virando sucos, geleias e outras delícias na confeitaria. Volume de produção, pode haver. Mas haverá frutas bonitas e selecionadas, exigidas para a elaboração do morango do amor? Esse é o ponto central.

A escalada do morango do amor traz à tona um antigo dilema da produção agrícola: a qualidade das frutas e das embalagens que as distribuem no mercado.

Regra geral, as caixinhas de morango não seguem boas normas de padronização. E as donas de casa reclamam, com razão, pois na camada de cima, os frutos são grandes e bonitos; por baixo, pequenos e feios. Quando não estão estragados. Esse problema me estimulou, quando fui secretário estadual de Agricultura de São Paulo, em 1997, no governo de Mário Covas, a criar um selo de qualidade para o morango.

O programa certificava frutas sadias, sem resíduos de agrotóxicos e embaladas em caixinhas transparentes; em cada embalagem, os frutos deveriam ser uniformes, ou seja, todos do mesmo tamanho..
Definimos padrões de comercialização: se o padrão era extra, todas as frutas dentro da caixa tinham que ser graúdas; assim por diante. Acabava a mistura de tamanho das frutas.

Começamos a implantação do programa pela região de Atibaia-Jarinu, que era responsável por 60% do morango paulista. Por meio da Cati (Coordenadoria da Assistência Técnica Integral), os agrônomos procuraram os produtores e definimos as regras. Em poucos meses, tínhamos 300 fruticultores, todos da agricultura familiar, envolvidos no programa de qualidade.

O mercado, porém, reagiu ceticamente, pois temia ver suas margens de lucro reduzidas. Era fundamental que a Ceagesp obrigasse a padronização dentro do Ceasa, mas foi difícil chegarmos lá, pois vinha muita fruta de outros Estados.

Ao deixar o governo, no ano seguinte, o selo do moranguinho perdeu prioridade na secretaria. Essa descontinuidade é um grande mal da gestão pública no país.

Passados 28 anos, o mercado do moranguinho continua operando, salvo exceções, com embalagens vagabundas e mentirosas, que enganam o consumidor.

O problema não é específico do morango. Até há pouco tempo, você comprava água de coco e, se não prestasse a devida atenção, levava para casa uma bebida horrível, reconstituída. Recentemente, o Ministério da Agricultura regulamentou, de forma mais conveniente, esse padrão.

Frutas, em geral, mostram dificuldade na padronização. Basta ver o temor das donas-de-casa na compra de abacaxis, que raramente estão maduros e doces, sendo verdes e ácidos. Melões, idem. Daí a necessidade crescente de a fruticultura investir na qualidade e na padronização, incluindo embalagens amigáveis ao consumidor.

Vale para mercados físicos como, principalmente, para o e-commerce. A valorização do morango do amor exige frutas graúdas e bem conformadas, típico dos mercados operados virtualmente. Ora, se você compra a distância, então precisa ter certeza de que não comprou gato por lebre. Ou morango bonito por porcaria.

Para aproveitar a onda de consumo trazida pelo morango do amor, muita gente saiu correndo para plantar moranguinho. Pode ser uma boa, pois sua lavoura vinga rapidamente. Mesmo assim, a colheita demora de 60 a 80 dias para começar. Se alguém quiser arriscar, capriche na qualidade.

O sopro observado atualmente na produção de moranguinho é uma boa notícia nesses tempos de grande apreensão no agro, face ao tarifaço de Donald Trump no comércio internacional. Alguém poderia levar uma delícia dessas para adoçar o presidente dos EUA.

Se toparem, vamos levar a iguaria também para uns políticos daqui mesmo, incluindo alguns juízes do STF. O Brasil anda cheio de amarguras. Um morango do amor pegaria bem para muita gente.

Xico Graziano, 72 anos, é engenheiro agrônomo e doutor em administração. Foi deputado federal pelo PSDB e integrou o governo de São Paulo. É professor de MBA da FGV. Escreve para o Poder360 semanalmente às terças-feiras.

Leia mais no texto original: (https://www.poder360.com.br/opiniao/o-morango-do-amor-e-a-qualidade-na-fruticultura/)
© 2025 Todos os direitos são reservados ao Poder360, conforme a Lei nº 9.610/98.

Compartilhar
0
Toda Fruta

Artigos Relacionados

30 de setembro de 2025

PUXURI
A especiaria amazônica que você precisa conhecer


Leia mais
30 de setembro de 2025

LICHIA
Brasil pode bater recorde e ultrapassar as 200 toneladas de lichia exportadas na próxima safra


Leia mais
28 de setembro de 2025

MAÇÃ
Importação de maçã dispara após quebras de safras, mas setor projeta retomada


Leia mais

Os comentários estão encerrados.

© 2025 Toda Fruta. All Rights Reserved. Muffin group