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Publicado por Toda Fruta em 8 de julho de 2025
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O uso de bioinsumos tem transformado a realidade da fruticultura nacional. Cada vez mais produtores adotam soluções biológicas no manejo de pragas, doenças e na nutrição das plantas, o que torna a produção mais sustentável, competitiva e alinhada às exigências de mercados internos e internacionais.

O termo bioinsumos se refere a produtos de origem biológica, como microrganismos, extratos vegetais e substâncias naturais, utilizados na agricultura em substituição ou complemento aos insumos químicos tradicionais. Na fruticultura, eles têm ganhado espaço como aliados no controle de pragas e doenças, na indução de resistência e na melhoria da saúde do solo.

Segundo a Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Frutas e Derivados (Abrafrutas), essa é uma tendência irreversível no setor.

“O uso de bioinsumos é cada vez mais estratégico para a fruticultura. Além de reduzir a dependência de químicos, eles contribuem para a sustentabilidade ambiental, abrem portas para mercados exigentes e melhoram a qualidade da fruta produzida”, afirma o diretor executivo da Abrafrutas, Eduardo Brandão.

A aprovação do Marco Legal dos Bioinsumos, sancionado em dezembro de 2024, também deve impulsionar o uso dessas tecnologias. A nova legislação estabelece normas específicas para produção, registro, comercialização, uso e fiscalização desses insumos no Brasil, contemplando tanto culturas convencionais quanto orgânicas e agroecológicas. O texto é considerado um dos mais modernos do mundo sobre o tema, e a expectativa é de um crescimento expressivo na adoção nos próximos anos.

No entanto, a falta de assistência técnica especializada, a limitação de produtos registrados e a falta de padronização ainda são desafios, principalmente para os pequenos e médios produtores.

Experiência de campo: Itacitrus aposta na produção própria de bioinsumos

Na prática, produtores que investiram na produção própria de bioinsumos já colhem resultados positivos. Um exemplo é o produtor de limão orgânico da Itacitrus, Waldyr Promicia, que decidiu investir na fabricação interna de seus biológicos a partir de 2018.

“Nós começamos a investir em uma fábrica própria para produzir nosso próprio biológico em 2018, quando iniciamos as primeiras tentativas, ainda naquele modelo de ‘caixa d’água’, como muitos produtores começaram”, conta o produtor. “Tem gente que ainda faz assim, mas a gente viu que os biológicos seriam uma forma de economizar insumos e, ao mesmo tempo, melhorar a condição do solo. Esse foi o principal motivo que nos levou a iniciar esse processo aqui na fazenda.”

Como todo novo processo, os desafios foram inevitáveis. “No começo, achamos que seria fácil e não foi. Tivemos consultoria de profissionais, buscamos apoio técnico, mas a verdade é que não deu muito certo de início. Acabamos pausando o projeto por um tempo e buscando outras soluções, porque do jeito que começamos, não ia funcionar”, relembra.

Após a retomada, a história mudou. “Hoje, nossa produção de biológicos é muito moderna. Temos reatores, controle de temperatura, filtros, uso de água destilada. É uma tecnologia que desenvolvemos internamente e que nos dá muita segurança”.

A economia de custos também é um fator de destaque. “A diferença de custo é gigantesca. Por exemplo: compramos um litro de determinado produto e conseguimos multiplicar para produzir até 800 litros. Isso faz o custo cair muito. E a qualidade a gente monitora com apoio de universidades e professores, que validam o produto que usamos no campo”.

Segundo Waldyr Promicia, desde que começaram a aplicar os bioinsumos, o uso só aumentou. “Estamos sempre buscando novidades, porque o custo realmente diminui, a produtividade melhora e a saúde do solo também. As melhorias são visíveis: folhas mais ativas, florescimento mais intenso e desenvolvimento das plantas muito mais vigoroso.”

O impacto positivo também é percebido pelos clientes internacionais. “Quando recebemos clientes da Europa que nunca vieram à fazenda, eles ficam realmente impressionados. Primeiro, porque 100% da nossa produção é orgânica. Então, os insumos que usamos precisam estar totalmente alinhados com essa premissa. No orgânico, o biológico não é uma escolha, é uma questão de sobrevivência. Sem os biológicos, sinceramente, eu não sei se conseguiria tocar hoje os nossos mil hectares de limão orgânico”.

Além da estrutura de produção, o acompanhamento técnico é outro pilar fundamental para garantir a qualidade dos bioinsumos utilizados na Itacitrus. “Nossa propriedade aqui é só de limão, então nossa demanda é por produtos que beneficiem essa cultura. O que fazemos hoje é o básico, que praticamente todo mundo faz. Por enquanto, contamos com o acompanhamento de uma universidade de Minas Gerais, que nos dá toda a assessoria técnica para produzir bioinsumos resistente e de qualidade”, explica.

Ele reforça que os visitantes valorizam muito a seriedade da produção. “Eles percebem que somos orgânicos de verdade. Temos um sistema com rastreabilidade e condição de comprovar o que fazemos. Os clientes saem daqui surpresos e muito felizes. Isso com certeza agrega valor ao nosso produto.”

Para o produtor, o uso de bioinsumos se tornou indispensável na rotina da fazenda. “Hoje, acredito que já não dá mais para viver sem os biológicos. Depois que você começa, quanto mais usa, mais quer usar”, afirma. Sobre a produção on farm, ele ressalta que é uma alternativa viável, mas que exige responsabilidade e estrutura adequada. “É uma necessidade, mas os produtores precisam entender que não é tão simples quanto parece. Não basta montar uma caixa d’água e começar a produzir. É fundamental ter estrutura, equipe capacitada e tecnologia. Caso contrário, o risco de prejuízo é grande”.

Para ele, a tendência é de crescimento contínuo no uso de bioinsumos.“Acredito muito no potencial de escala. Isso tudo está só começando. Novas pesquisas estão vindo aí, novas ferramentas vão surgir. Hoje já temos um leque de soluções muito boas, que nos ajudam bastante e vão ajudar ainda mais. É um caminho sem volta. Quem não embarcar, vai acabar perdendo o bonde.”

Com o avanço da legislação, novas tecnologias e o exemplo de produtores como os da Itacitrus, o uso de bioinsumos se consolida como um dos pilares para o futuro da fruticultura brasileira.

Fonte: Abrafrutas.

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