Nome científico: Genipa americana
Nome popular: jenipapo
Família botânica: Rabiaceae
Origem e habitat: é encontrada em toda a América tropical. No Brasil, são encontrados pés de jenipapo nativos na Amazônia e na Mata Atlântica, principalmente em matas mais úmidas, ou próximo a rios, pois a planta suporta encharcamento.
A árvore pertence à família das rubiáceas, a mesma do café, e chega a 20 metros de altura.
Flores: são grandes e variam do branco ao amarelo.
Fruto: é uma baga subglobosa geralmente de cor amarelo-pardacenta. Têm a polpa doce, com cheiro forte e sementes achatadas na cor creme. Quando maduros, são consumidos in natura ou usados para fazer compotas, geleias, doces e licores.
Em guarani, jenipapo significa “fruta que serve para pintar”. Isso porque, do sumo do fruto verde, se extrai uma tinta com a qual se pode pintar pele, paredes, cerâmica etc. O jenipapo é usado por muitas etnias da América do Sul como pintura corporal, que desaparece depois de aproximadamente duas semanas. A bela coloração azul-escura obtida se deve ao contato da genipina contida nos frutos verdes com as proteínas da pele, sob ação do oxigênio atmosférico.
O licor de jenipapo é uma bebida apreciada na Bahia, em Pernambuco e em cidades do estado de Goiás, sendo inclusive muito vendida no comércio de cidades turísticas goianas como Caldas Novas e Jataí. Nas festas juninas da Bahia, o licor de jenipapo é o mais apreciado e os mais famosos são produzidos no Recôncavo baiano, de forma artesanal, em toneis que ficam em infusão por um ano até serem envasados e consumidos durante as festividades. As cidades com maior tradição na fabricação da bebida são Santo Antônio de Jesus, Maragojipe, Cachoeira, Cruz das Almas e Santo Amaro.
Algumas partes do jenipapeiro (como a raiz, as folhas e o fruto) têm diferentes propriedades medicinais. Na medicina caseira, o jenipapo apresenta diversos benefícios. De seu tronco, é possível fazer um chá indicado para tratar de úlceras e faringite. As folhas têm propriedades contra diarreia e sífilis. As frutas, por sua vez, podem ser usadas para tratar anemia, icterícia, asma e problemas do fígado e baço.
As cascas do caule e as cascas do fruto verde são usadas também para curtir couro, por serem ricas em tanino.