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Publicado por Toda Fruta em 25 de setembro de 2016
Categorias
  • Entrevista
Tags
  • fruticultura

 

(Entrevista publicada em 12/11/2015 pela revista Plasticultura. Jornalista Tatiane Bueno)

Com 3 mil visitantes diários em 123 países, o site TodaFruta é referência quando o assunto é fruticultura. Fundado em 2002 por uma equipe liderada pelo Prof. Dr. Carlos Ruggiero, o site tem o objetivo de difundir informações técnicas ao produtor. A Plasticultura conversou com o professor sobre o atual cenário da fruticultura brasileira, as perspectivas para o futuro e a importância da informação de qualidade para o produtor. Confira a entrevista.

Como começou seu interesse e, consequentemente, sua especialização em frutas?

Em 1968, fui contratado para desenvolver a área de fruticultura na Unesp-Jaboticabal, onde tive o privilégio de formar, com os professores Luiz Carlos Donadio,  Fernando Mendes Pereira  e Antônio Baldo Geraldes Martins, uma forte equipe de fruticultura. Constituída a equipe, passamos a realizar eventos, simpósios dos quais participavam renomados pesquisadores do Brasil e vários internacionais, entre eles Henry Nakasone, um dos pioneiros no melhoramento do mamoeiro. Seguramente, posso afirmar que Jaboticabal se tornou a pioneira em realizar importantes eventos na área de fruticultura.   Vale destacar que os membros dessa  equipe de fruticultura da Unesp-Jaboticabal formaram pesquisadores que ocupam posições de destaque em universidades, empresas, e mesmo na atividade privada.

E seu interesse pela plasticultura?

Meu interesse para com a área de plasticultura foi despertado durante uma viagem às Ilhas Canárias, na Espanha, quando, participando de um curso em 1984, promovido pelo Dr. Víctor Gálan Saúco, pude observar o magnífico desenvolvimento da banana em ambiente protegido com rendimento de 90 t/ha, contra 20 t/ha em média no Brasil.

Como o TodaFruta surgiu? Por que o senhor acredita que um site totalmente focado neste assunto é importante?

Acreditamos que a pesquisa em fruticultura deva ser realizada para atender a demanda do produtor, proporcionando-lhe informações técnicas, para que, com segurança, desenvolva seu projeto na área desejada.  Se definirmos o produtor ideal, como aquele que utiliza toda informação técnica disponível, comercializa a produção, procurando sempre agregar valor ao produto, poderemos listar as responsabilidades de cada segmento ligado à fruticultura no atendimento a essa definição de produtor ideal.  Vejamos alguns exemplos:

Responsabilidade dos autores – para definirem a área de atuação profissional, pois assim fazendo dariam um parecer mais adequado a um problema. Uma vez definida a área de atuação, as pesquisas e demais atividades deveriam ser desenvolvidas nessa área.

Responsabilidade das faculdades – deveriam disponibilizar as pesquisas e demais atividades realizadas em linguagem palatável aos produtores. Reside neste ponto o “calcanhar de Aquiles”, pois, como editor da Revista Brasileira de Fruticultura há 16 anos e coordenador do TODAFRUTA há 12 anos, tenho convidado os autores de trabalhos publicados na RBF a escreverem em linguagem jornalística. Lamentavelmente temos recebido um retorno pequeno, de 10%. Além de duas respostas altamente preocupantes, que são 1) “Professor, não vou escrever assim, pois não sei escrever desta forma” –  o que tem um fundo de verdade, mas uma grande dose de má vontade; 2) “Professor, não vou escrever assim, devido a faculdade não valorizar esta forma de publicação” – o que lamentavelmente é uma triste verdade.

Foi pensando em melhorar esta forma de difusão, com o auxílio (inclusive financeiro) de 127 colegas de várias instituições, que resolvemos criar o TodaFruta em fevereiro de 2002, para ser um veículo de difusão de informações. É nosso pensamento que cada curso de agronomia tenha uma central para o atendimento ao produtor, proporcionando uma melhor formação dos seus alunos, e melhorando a empatia da comunidade externa para com a universidade. Tenho plena convicção de que a faculdade que implantar essa modalidade de atendimento se destacará dentre as demais.

Quantas visitas o site recebe mensalmente?

A informática está sempre em evolução. Nesse sentido o site precisa também de tempos em tempos sofrer uma nova roupagem, o que aconteceu com o TodaFruta há dois anos, quando além da mudança da linguagem utilizada, introduzimos o item fórum, onde contamos com 22 tópicos para manifestação dos internautas, o que evidencia que a comunidade está ávida por informações. Embora em português, o site é visto em 123 países/territórios e praticamente em todos os estados brasileiros. Ele é visitado por 3 mil visitantes por dia, considerando o horário comercial das 7h às 23h, ficando praticamente igual a zero na madrugada das 24h às 7h, o que seria ampliado se disponibilizado em inglês. Verifica-se o enorme potencial de crescimento apresentado.

Como era o cenário da fruticultura brasileira quando o senhor começou a trabalhar na área?

Graduei-me na ESALQ (USP), em 1966, ingressando na Unesp/Jaboticabal em julho de 1968. Ao longo destes anos, pude constatar a mudança do perfil da região, antes bem diversificada e atualmente com predominância da monocultura da cana. Também nesse período vários fatos importantes aconteceram, registrando-se:

1) O nascimento da Sociedade Brasileira de Fruticultura em 1970, que realizou o seu XXIII congresso em Cuiabá, MT, em agosto de 2014.

2) O desenvolvimento de cooperativas,  principalmente no Sul do país, que embora registrando uma topografia acidentada e condições de clima não muito favorável, tem na bananicultura a melhor média de produção brasileira.

3) O nascimento e crescimento da FAPESP em 1962, que  estimulou o nascimento de outras fundações semelhantes em vários estados.

4) O surgimento dos cursos de pós-graduação em ciências agrárias, a maioria deles entre 1970 e 1976.

5) O crescimento dos cursos de agronomia na Unesp, onde contamos atualmente com cinco cursos, nas seguintes cidades: Jaboticabal, Botucatu, Ilha Solteira, Registro e Dracena.

6) O surgimento da  Revista Brasileira de Fruticultura em 1978.

7) O surgimento da mídia eletrônica, podendo ser destacado o lançamento do www.todafruta.com.br em 2002.
Que avaliação o senhor faz do atual panorama produtivo e mercadológico da fruticultura no Brasil?

Embora registremos progressos espetaculares dentre várias fruteiras, destacando-se a cultura do mamoeiro, da qual passamos de um país produtor apenas para o mercado interno para o principal exportador, temos um longo caminho a percorrer.  Apesar disso, verifica-se que temos amplas condições para sermos a cabeceira em fruticultura a nível mundial.

Quais as mudanças mais significativas em pesquisa, na área da fruticultura?

A pesquisa deve ser realizada por fortes equipes, que devem se dedicar aos temas prioritários, priorizando a qualidade e não a quantidade de publicações obtidas.
De que forma o uso da tecnologia transformou a difusão de informações técnicas sobre frutas?

Fazendo a informação caminhar e não as pessoas. Por exemplo,  no 1º Simpósio Brasileiro Sobre a Cultura do Mamoeiro, realizado em 1980, poderiamos ter a participação do Dr. Nakasone por teleconferência, e não presencial, não substituindo no entanto as visitas a várias áreas de produção.

O senhor falou em outras entrevistas que o pesquisador precisa ouvir o que a fruta fala e explorar o mercado com as outras espécies e produtos da fruta. Que avaliação faz tanto deste mercado quanto desta área de pesquisa hoje?

Realmente a planta “fala”. O que precisamos saber é decifrar a sua linguagem, como, por exemplo, o limão cravo, que está nos dizendo “sou resistente à seca”, “sou mais vigoroso que os demais porta-enxertos”. O que fazer? Seguramente em cada cidade brasileira existe uma ou mais pessoas, diretamente ligada a esse assunto, que deva ser aproveitada. Mas como? Coletando todas as informações escritas e não em cada cidade. Começaríamos os trabalhos por aquelas informações mais repetitivas em vários locais. Seria necessária a organização de fortes equipes multidisciplinares, para iniciar os trabalhos de pesquisas, além do apoio das fundações, proporcionando suporte financeiro e técnico aos projetos. Seguramente, em pouco tempo, estaríamos colhendo os resultados. Lamento informar que evoluímos pouco nesta área.

Quais suas sugestões para o futuro da fruticultura?

Pesquisas efetuadas por fortes equipes multidisciplinares, que devem trabalhar tendo como norte as prioridades. Devem privilegiar a qualidade em detrimento da quantidade. Criação de fundos por cultura, dentre as mais importantes. Absoluta necessidade da criação de uma central para o atendimento aos produtores nas universidades. Estímulo a um cooperativismo sadio, principalmente para ajudar os recém-formados. Despertar o empreendedorismo nos alunos e trabalhar muito.

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Toda Fruta

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