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Os novos produtos, desenvolvidos pela Embrapa, atendem a nichos de mercado que buscam substituir derivados do leite por análogos de origem vegetal.

Embrapa Cocais - Os produtos à base do babaçu podem substituir derivados de leite e representam novas opções de geração de renda para as quebradeiras de coco do MaranhãoFoto: Embrapa Cocais

Os produtos à base do babaçu podem substituir derivados de leite e representam novas opções de geração de renda para as quebradeiras de coco do Maranhão

  • A Embrapa desenvolveu um análogo de queijo e uma bebida a partir da amêndoa do coco babaçu.
  • Os produtos são resultado da união de saberes tradicionais e científicos.
  • Testes de análise sensorial e intenção de compra mostraram bom desempenho.
  • Representam novas opções de renda para as centenas de comunidades tradicionais que dependem da exploração do babaçu no País.
  • Além disso, agregam valor e ampliam os nichos de mercado para o produto, com base nas novas exigências do consumidor mundial.
  • A tecnologia já foi transferida para quebradeiras de coco no Maranhão, estado que concentra mais de 90% da produção e comercialização dessa amêndoa.
  • A pesquisa contou com parceiros nacionais e internacionais.

A amêndoa de coco babaçu é a principal matéria-prima de um análogo de queijo e de uma bebida desenvolvidos pela Embrapa. Os produtos à base de plantas, ou plant-based, podem substituir derivados de leite, para quem não pode ou não deseja consumir lácteos tradicionais. Além disso, representam novas opções de geração de renda para as organizações comunitárias de quebradeiras de coco do Maranhão, que já fabricam sorvetes, biscoitos e outros itens.

Segundo Guilhermina Cayres, pesquisadora da Embrapa Cocais (MA) e líder do projeto, alimentos produzidos a partir da biodiversidade brasileira, que valorizam o conhecimento tradicional e a história de grupos sociais, possuem um grande potencial para atender nichos de mercados que valorizam produtos com essas características. “É o caso de alimentos à base de babaçu fabricados por quebradeiras de coco. Tanto a bebida vegetal tipo leite quanto o análogo de queijo representam oportunidades de inovação na cadeia de valor do babaçu, agregando saberes tradicionais e conhecimentos técnico-científicos, gerando negócios e promovendo o empreendedorismo de organizações comunitárias em torno de uma espécie da sociobiodiversidade que é o babaçu”, afirma.

A pesquisadora Selene Benevides, da Embrapa Agroindústria Tropical (CE), que desenvolveu o análogo de queijo, caracteriza o projeto como de inovação social, uma vez que tem por objetivo contribuir com o desenvolvimento das atividades realizadas nas comunidades de quebradeiras de coco, que sobrevivem do extrativismo vegetal. “No Maranhão, eles já produzem alguns alimentos à base de babaçu. Esses novos produtos tiveram seus parâmetros avaliados com base em similares existentes na legislação e no mercado”, explica.

O análogo de queijo apresenta sabor e aroma semelhantes a produtos lácteos fermentados. Benevides explica que, como o babaçu é adocicado, a fabricação envolve um processo de fermentação que reduz o dulçor, aumenta a acidez e confere sabor e aroma semelhantes a queijos tradicionais. Como o coco é rico em lipídios e pobre em proteínas, foi adicionada uma fonte proteica a partir da soja e o resultado foi um alimento que apresenta teores de proteína semelhantes a de um queijo fresco.

Já a bebida é um extrato obtido da trituração de amêndoas de coco babaçu em água, na proporção de 1 kg de amêndoas para 3 kg de água, além de ingredientes para melhorar a estabilidade e o sabor. O produto deve ser pasteurizado, pronto para o consumo, e armazenado em temperatura de refrigeração, podendo ser consumido em até 15 dias – tempo de vida de prateleira semelhante ao de outras bebidas vegetais pasteurizadas.

O mercado nacional já dispõe de diversas bebidas plant-based industrializadas à base de amêndoas, de arroz, e outros vegetais, mas ainda não existe uma produzida a partir da amêndoa de babaçu. O pesquisador Nedio Wurlitzer, também da Embrapa Agroindústria Tropical, que atuou no desenvolvimento do produto, diz que a principal proposta é apresentar novas possibilidades de uso da amêndoa de babaçu, permitindo acessar nichos de mercados no Maranhão, que valorizem as preparações artesanais. Para ele, o desenvolvimento de processos tecnológicos para aproveitamento integral da amêndoa pode resultar em melhoria de renda às quebradeiras de coco.

Os dois produtos apresentaram bom desempenho em testes de análise sensorial e intenção de compra. A aceitação do análogo de queijo foi 7, em uma escala que varia de 1 a 9, e a intenção de compra, 4, em uma escala que varia de 1 a 5. Já a bebida apresentou aceitação de 6,4, na escala de 1 a 9 e intenção de compra de 3,5, na escala de 1 a 5. Outro detalhe importante é o rendimento da bebida, podendo ser preparados três litros por kg de amêndoa, o que é muito bom para a indústria.

Treinamento anima quebradeiras de coco

Todo o processo de produção do análogo de queijo e da bebida já foi transferido para quebradeiras de coco em um curso realizado em 2022, no Laboratório de Processos Agroindustriais da Embrapa Agroindústria Tropical. O treinamento abordou o processo de produção e também as boas práticas de fabricação. Participaram dez quebradeiras de coco, três alunos de gastronomia, três professores e sete bolsistas de iniciação científica.

Os novos produtos animaram as quebradeiras participantes, que já trabalham com o aproveitamento em cooperativas de fabricação de outros alimentos derivados do babaçu. A quebradeira Gracilene Cardoso considerou importante aprender a trabalhar com o babaçu de outras maneiras. “Com a capacitação, ganhamos mais um produto derivado, que vai aumentar a nossa renda a partir de um produto de qualidade.”

Ela afirma que tem orgulho de trabalhar com o coco babaçu, atividade que desempenha desde criança e que foi realizada também por sua mãe e avó. “Ser quebradeira de coco é um orgulho, pois é um produto natural. Nós não precisamos derrubar, nem queimar e nem usar veneno para produzir o babaçu, usamos o que é dado pela natureza”, salienta.

A quebradeira Rosana Sampaio diz que com os novos itens poderá incrementar o portfólio da cooperativa onde trabalha. “Vamos contar com um produto de maior qualidade, que proporciona um faturamento melhor”, comemora.

Ela ressalta que as quebradeiras normalmente ganham muito pouco e o conhecimento do processo é importante para valorizar a atividade. “Temos bastante dificuldade para extrair o coco. Há muitas pessoas que não têm trabalho nenhum e ganham mais do que quem tem muito trabalho. Acredito que por conta do desconhecimento do processo”, revela.

A quebradeira Antônia Vieira, da comunidade quilombola de Itapecuru Mirim, acredita que com os conhecimentos poderá melhorar o processo de produção. Ela faz parte da comunidade quilombola Pedrinhas Clube de Mães e é uma das proprietárias da Agroindústria Delícias do Babaçu. “Saímos daqui com novas ideias, e ideias muito ricas”, comenta.

Maria Domingas Marques Pinto, coordenadora da Cooperativa de quebradeiras de coco de Itapecuru Mirim, da comunidade Pedrinhas Clube de Mães, resume a importância do trabalho integrado: “Sonho que se sonha só é só um sonho que se sonha só, mas sonho que se sonha junto é realidade.”

Fonte: Embrapa.

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Toda Fruta

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