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20 de setembro de 2016
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20 de setembro de 2016
Publicado por Toda Fruta em 20 de setembro de 2016
Categorias
  • Entrevista
Tags
  • aviação agrícola

“Almoçando com um piloto de aviação agrícola, que não deseja que o seu nome seja mencionado, em um domingo de fevereiro de 2016,  achei interessante esta entrevista”, comenta o prof. Carlos Ruggiero, coordenador do portal TodaFruta. E acrescenta: “Pude conhecer um pouco da fascinante história deste profissional com uma longa atividade como piloto de aviação agrícola”. A justificativa de permanecer no anonimato é a de ficar livre para fazer os comentários que julga importantes para o crescimento do setor.

TODAFRUTA – Quais a exigências para ser um piloto de aviação agrícola?

PILOTO – Para ser um piloto agrícola, é necessário segundo grau completo, tirar carteira de piloto privado, depois de piloto comercial e, depois, de piloto agrícola.

TODAFRUTA –  Quais as culturas com que se trabalha com esse tipo de aviação?

PILOTO – Praticamente tudo. Desde semeaduras de grãos (sorgo, milho, pastagens, leguminosas para incorporação no solo, etc.) assim como povoamento de alevinos em lagos e rios, aplicação de fertilizantes (sólidos e líquidos), sem dizer as aplicações de fungicidas, acaricidas, inseticidas, etc. nas diversas culturas espalhadas por este mundo afora. No Brasil, a aviação agrícola é largamente utilizada em soja, milho, feijão, arroz, cana, laranja, eucalipto, seringais, banana, ou seja, nas principais culturas. E há ainda as atuações contra incêndios.

TODAFRUTA – Sabe-se que, para uma eficiência na aplicação de um produto, há necessidade do voo ser realizado a 3 metros do topo da plantação (alvo). Como é calculada essa altura?

PILOTO – No Brasil é calculada visualmente, devido à enorme quantidade de obstáculos nas áreas plantadas (como árvores, paus secos, postes de luz e fiação, cercas e topografia na maioria das áreas não muito plana). Mas já existem DGPS’s Agrícolas, com monitoramento de altura a laser e indicação na tela do aparelho

TODAFRUTA – A parte mais crítica do voo é sem dúvida a decolagem, devido a estar o avião mais pesado, com tanque de combustível cheio, bem como com os defensivos que deseja aplicar. Quantas decolagens você já fez em um dia?

PILOTO – Depende do que se está aplicando. Por exemplo, quando se está fazendo adubação sólida, de alta vazão, pode-se  fazer de 30 a 50 decolagens num dia, mas quando se está fazendo UBV (aplicação a ultra baixo volume) fazem-se poucas decolagens. Depende muito da vazão que se está utilizando, da área e das condições climáticas.

TODAFRUTA – Quais são os fatores necessários para que ocorra uma boa pulverização?

PILOTO – Temperatura até 25°C, vento entre 6 e 18 km/h, umidade relativa mínima de até 60%, área adequada (compatível com aviação agrícola), visibilidade boa, avião em boas condições, e piloto com “VONTADE”.

TODAFRUTA – Como anda a fabricação de aviões para este fim no Brasil?

PILOTO – A NEIVA, uma subsidiária de Embraer, em Botucatu, SP, fabrica os famosos Ipanemas (no Brasil). E a THRUSH, em Anápolis, GO, monta kits produzidos em sua fábrica em Albany, Georgia, nos EUA.

TODAFRUTA – Quais os fatores que limitam a escolha da área a ser pulverizada?

PILOTO – Topografia, tamanho, obstáculos (árvores, linhão, postes, etc.), vizinhos com incompatibilidade com o veneno a ser aplicado, proximidade de mananciais e proximidade de aglomeração de pessoas. A falta de vontade do produtor em pagar o compatível também limita bem a escolha da área (risos).

TODAFRUTAC – Como evitar o recobrimento na pulverização?

PILOTO – Hoje usamos o DGPS Agrícola (GPS diferencial, mais preciso que o GPS convencional). Se forem cumpridas as exigências explicitadas na questão relativa às condições necessárias a uma boa pulverização, é difícil que ocorra sobreposição. Mas antigamente, quando a aplicação era feita com “bandeirinhas” (pessoas com bandeiras no meio da lavoura, sinalizando por onde o avião deveria passar), havia muita sobreposição.

TODAFRUTA – Depois de utilizar um produto para uma cultura, como se executa a limpeza do tanque, para possibilitar o uso em outra cultura, com outro produto, evitando problemas de toxicidade?

PILOTO – Lava-se o Hoper (tanque de veneno) do avião segundo uma plataforma de descontaminação obrigatória em todas as aeronaves agrícolas. Estar plataformas são executadas com rigores das normas e plantas da ANAC e dos órgãos do meio ambiente.

TODAFRUTA – Na atividade, o piloto voa sozinho. Como executa o disparo da pulverização e outras operações?

PILOTO – Realmente, em geral os aviões agrícolas são monoplaces. Temos uma alavanca que abre e fecha o produto Podemos acionar o freio eletromagnético da bomba para abrir ou fechar a saída do produto (um botão), isso somente no caso de aplicação líquida. No caso de sólidos ( adubos, grãos, alevinos, ou anti-incêndios), é uma outra alavanca.

TODAFRUTA – No Brasil, com carência de empregos, como você  avalia esta atividade para os jovens?

PILOTO – Realmente estamos sofrendo com desemprego, mas mais por conta da atuação de nossos políticos medíocres e incompetentes, do que outra coisa. Mesmo assim a aviação agrícola tem conseguido contratar pessoal que entra no mercado. Mas temos  problema com algum pessoal que entra na Agrícola. Alguns pilotos querem ir para o terceiro nível (linha aérea), e somente passam pela aviação agrícola para adquirir experiência e acumular horas de voo necessárias para o terceiro nível. Esse pessoal pouco tem a ver com as raízes da aviação agrícola, pois não gosta de lama, poeira, dormir e comer mal, muito menos de graxa. Só gosta de dinheiro e ar condicionado. Esta atividade nossa é sazonal. E nem sempre o ano agrícola corre bem: anos com seca, commodities com preço lá em baixo, problema com escoamento de safra e ingerência do governo. Portanto, aconselho a quem quiser entrar, que pense bem se realmente gosta da atividade. Sem contar os riscos.

TODAFRUTA – O que você acha de ministrar uma palestra sobre suas atividades na Unesp-Jaboticabal, que poderia ser agendada para  2016 ou 2017? Se possível informar a data, e duração da palestra? Bem como ficarem sabendo a sua identidade?

PILOTO – Sem chance.

A EQUIPE TODAFRUTA agradece a valiosa contribuição prestada  pelo “PILOTO”, para o conhecimento  das atividades que podem ser desenvolvidas por  essa  categoria profissional, que muitas vezes  enfrenta sérias dificuldades no exercício  profissional. Ficando no anonimato, mostra a simplicidade deste profissional, a quem desejamos um imenso sucesso.

PILOTO – No Brasil temos aproximadamente 2.000 aeronaves em operação. Nos EUA são aproximadamente 18.000. Isso dá uma ideia de como os americanos são conscientes de que a aplicação aérea é mais eficiente, rápida, precisa, econômica e limpa sob o ponto de vista ecológico (principalmente quando comparada com tratores).

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Toda Fruta

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