CITROS / BANANA / MAÇÃ / MELÃO / MANGA / MELANCIA / MAMÃO E UVA
CITROS – 2024 foi de preços recordes da laranja, com períodos superando os R$ 100/caixa de 40,8 kg no mercado de mesa. A
alta é justificada pelos baixos estoques de suco nas fábricas, que elevaram a demanda por matéria-prima, combinados à
produção limitada da fruta (clima predominantemente seco e altas temperaturas durante o desenvolvimento). Apesar
de, no geral, os preços permitirem boas margens ao citricultor, a baixa produtividade elevou os custos (que já vinham
impulsionados pelos tratos intensivos para controle do greening); nas praças onde a queda produtiva foi expressiva,
as margens devem ser apertadas, mesmo com os valores recordes. No caso da lima ácida tahiti, as cotações seguiram
o movimento usual, com patamares menores no primeiro semestre (safra) e maiores no segundo (entressafra).
Apesar das chuvas a partir de outubro/24, a perspectiva para a safra 2025/26 ainda é incerta. Isso porque muitos pomares sofreram com estresse hídrico e, caso o verão 2025 siga com temperaturas elevadas, o pegamento das floradas pode ser novamente afetado, mantendo restritas as ofertas de laranja e lima ácida tahiti. É preciso aguardar um cenário mais claro dos impactos da estiagem prolongada (quase um ano de chuvas abaixo da média) sobre o desempenho dos pomares da safra 2025/26. Além disso, a Flórida, com o recuo nos estoques de suco, precisará importar mais insumo brasileiro para a produção, o que deve favorecer a manutenção dos preços domésticos em patamares atrativos.
A safra 2024/25 é estimada pelo Fundecitrus em 223,14 milhões de caixas, redução de 27,4% frente à 2023/24.
MAÇÃ – Na safra 2023/24, a área total de maçã ficou praticamente estável, havendo apenas renovação de pomares
na maioria das regiões. A única praça que aumentou a área foi São Joaquim (SC), devido às condições edafoclimáticas favoráveis à cultura. A produção total, porém, teve forte quebra de quase 25%, com cerca de 830 mil toneladas colhidas, segundo a ABPM (Associação Brasileira de Produtores de Maçã). A redução se deve às chuvas na primavera e no verão do ano passado, que impactaram a florada e a formação dos frutos.
A safra 2024/25 de maçã deve crescer, em decorrência do clima menos chuvoso, mas ainda longe do ideal. Em parte das regiões, o frio tardio entre agosto e setembro atrasou a floração em alguns dias. Atualmente, os pomares se encontram no período de frutificação, com colheita de eva a partir de meados de dezembro, de gala em fevereiro e de fuji, em março. Diante da possível retomada da produção, a previsão para 2025 é de preços mais baixos.
MELÃO – Os preços elevados e a menor concorrência com RN/CE na temporada 2024/25 animaram produtore
s do Vale, que aumentaram o plantio, visando o fim de ano.
O cenário ainda é incerto para o mercado de melão em 2025, tendo em vista que é necessário aguardar o fechamento da safra 2024/25 do RN/CE. Por enquanto, não se espera alteração de área plantada, Porém, chuvas previstas para o Nordeste no verão 2024/25 podem impactar novamente a produção, bem como os investimentos, sobretudo do Vale do São Francisco (BA/PE), que tem a primeira safra do ano.