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Publicado por Toda Fruta em 23 de fevereiro de 2023
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Pela primeira vez, três espécies de fungos que ocorriam no Brasil em outras culturas vêm provocando doenças em pomares de macadâmia.

Cientistas da Embrapa e da Universidade Estadual Paulista (Unesp) revelaram os principais microrganismos causadores de doenças na cultura da macadâmia.

Os ensaios em campo e laboratório registraram três principais enfermidades, todas causadas por fungos: a seca dos racemos, causada por Cladosporium que afeta inflorescências; o cancro/gomose causado por Lasiodiplodia em caule e ramos e a antracnose, causada por Colletotrichum, que promove deterioração nos frutos. Desses, apenas o Lasiodiplodia foi beneficiado em ambientes mais quentes, os outros dois microrganismos patogênicos se desenvolveram melhor em temperaturas amenas.

Embora esses fungos já ocorram no Brasil em outras culturas, é a primeira vez que essas espécies são associadas à macadâmia. A seca dos racemos e o cancro/gomose foram consideradas as potencialmente mais importantes, uma vez que prevaleceram e podem ocasionar, respectivamente, redução do número de frutos ou morte de plantas jovens. Nos racemos, foi verificado que flores em estádio próximo à abertura ou já abertas são mais propensas a serem infectadas.

Os resultados obtidos em condições de laboratório indicam que há ingredientes ativos capazes de inibir o desenvolvimento de cada um dos patógenos da cultura havendo, inclusive, outras moléculas que também poderiam ser utilizadas. Porém, a eficiência dos ingredientes ativos é específica a cada um deles.

Conforme Rosicléia da Silva, em sua dissertação de mestrado pela Unesp, foi proposto reportar a incidência de patógenos fúngicos associados às amostras de órgãos sintomáticos de macadâmia, o que resultou em uma coleção de fitopatógenos associados aos órgãos vegetais da noz e na relação entre o agente causal e o período sazonal em que ocorreram.

Além disso, também foram avaliados a sensibilidade dos agentes a fungicidas e o efeito de diferentes temperaturas sobre o desenvolvimento dos fitopatógenos, informações importantes para definir quais as doenças têm maior potencial de causar impacto, as épocas e condições propícias para sua ocorrência. Esse trabalho gera subsídios para práticas a serem utilizadas no manejo integrado de cada uma. Para isso, folhas, seções de ramos e tronco e inflorescências com possíveis sintomas de doenças ou sinais de colonização fúngica foram coletados periodicamente, de 2019 a 2021, em Dois Córregos (SP).

Principais doenças – A cultura da macadâmia vem se expandindo e, portanto, informações desta natureza podem mitigar danos ocasionados por doenças e seus possíveis impactos econômicos, pois a literatura disponível descreve doenças que ocorrem em outros países. Com subsídios à diagnose correta, produtores e profissionais da área poderão evitar possíveis equívocos no manejo e a consequente recomendação inapropriada de medidas de controle. Um outro aspecto a se considerar é que o conhecimento de quais patógenos ocorrem no país, também tem importância para prevenir a introdução de outros ainda ausentes ou em áreas de plantio específicas.

Embora haja relatos de microrganismos associados à macadâmia no Brasil, somente para apenas dois agentes causais de doenças há comprovação científica da sua ocorrência até então – os fungos Lasiodiplodia theobromae, que causa rachaduras no caule com ocasional exsudação de goma, o que pode levar à morte principalmente plantas jovens e Neopestalotiopsis clavispora, ocorrência observada em Vitória da Conquista, Bahia, causando manchas foliares irregulares de cor marrom claro nas folhas e severidade da doença estimada em cerca de 25%.

“Embora na literatura haja relatos de Cladosporium e Lasiodiplodia como agentes causais de doenças, os resultados indicam que as espécies que encontramos são diferentes das já descritas. Na Austrália, país de onde é originária, quem mais comumente causa doença em flores são diferentes espécies de Botrytis, Neopestalotiopsis e Cladosporium. Porém, no trabalho que desenvolvemos, somente uma espécie de Cladosporium foi capaz de reproduzir sintomas da seca dos racemos e não foi observada incidência de Botrytis em nenhuma das amostras examinadas. Além disso, outro patógeno considerado importante em plantios no exterior, a Phytophthora, não foi encontrado associado a nenhuma amostra “, destaca o pesquisador da Embrapa Meio Ambiente Bernardo Halfeld Vieira.

O desenvolvimento de uma doença é o resultado da interação entre hospedeiro suscetível, um agente patogênico e condições ambientais favoráveis. Desses três componentes, o ambiente é o que mais frequentemente apresenta alterações e influenciam o seu progresso no decorrer do ciclo de uma cultura. Em geral, os fatores climáticos críticos que afetam o desenvolvimento de doenças em plantas são a temperatura, umidade relativa do ar e pluviosidade. Na região onde o estudo foi realizado, a temperatura média mensal variou de 19°C a 28°C e a umidade relativa média mensal de 42% a 85%, porém, no período, houve baixa frequência e volume de precipitação mensal.

Os resultados e as informações sugerem que os agentes causais da seca do racemo e da antracnose em frutos são favorecidos por temperaturas mais amenas. Nos ensaios em laboratório, a temperatura que proporcionou o crescimento mais rápido desses patógenos foi de 23°C, condição próxima às que ocorreram quando Cladosporium prevaleceu na área.

Por outro lado, para Lasiodiplodia, temperaturas mais altas em torno de 30°C foram as que favoreceram o seu desenvolvimento.
Considerando recursos envolvendo o controle químico, segundo o Agrofit (2023), há alguns ingredientes ativos registrados: acibenzolar-S-metílico, clorotalonil, fluxapiroxade + piraclostrobina, tiabendazol, hidróxido de cobre e azoxistrobina + difenoconazol – todos indicados para o controle de antracnose.

“Todo o conjunto de informações geradas, desde a identificação de cada patógeno, as condições propícias ao desenvolvimento destes fungos, as épocas em que prevaleceram e a sensibilidade de cada um a diferentes ingredientes ativos poderão dar suporte para o manejo adequado de cada doença”, explica Kátia Nechet, pesquisadora da Embrapa Meio Ambiente.

Grande parte da produção do estado é vendida para a beneficiadora QueenNut Macadamia, em Dois Córregos, SP. De acordo com Leonardo Moriya, técnico da Queennut, o conhecimento sobre as doenças que ocorrem na cultura e a escolha de cultivares é de fundamental importância para a formação de um pomar produtivo. Ela deve ser feita de acordo com o clima, solo, densidade, topografia e forma de manejo. As variedades mais utilizadas no Brasil são as do Instituto Agronômico (IAC) e do Hawaii Agricultural Experiment Station (HAES). Os pomares no Brasil são considerados jovens, os primeiros plantios comerciais surgiram em Limeira, SP entre 1976 e 1980, por isso, ainda são escassas as informações sobre ocorrência de doenças na cultura.

Outra medida importante para comercialização é a denominada taxa de recuperação que representa a porcentagem de amêndoas obtida após o beneficiamento, um indicador da eficácia dos controles de pragas e doenças e dos procedimentos de colheita e pós-colheita. O consumo mundial de macadâmia cresce a um ritmo superior a 8% ao ano, sendo, portanto, a noz que tem o consumo em maior expansão. Seguindo a tendência dos dez anos anteriores, a sua produção global continuou a aumentar, com a safra de 2020 atingindo mais de 62 mil toneladas de amêndoas, um aumento de 4% em relação à temporada anterior e 45% maior do que a média nos 10 anos anteriores.

Fonte: *Embrapa

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