O limão exportado é o Taiti.
“Você tem subvariedades do limão Taiti, que é o limão quebra galho, ponta firme, o peruano. Você tem porta-enxertos diferentes, como o Fly Dragon, Citromelo. Então você tem uma ampla variedade, mas sempre a fruta final é o limão Taiti. Isso depende muito de solo, de clima, de região e de estratégia de cada empresa, você tem mais de um tipo, mas todos dentro da família do Citrus Latifolia, que é o limão Taiti”, explica o produtor.
Grande parte da produção segue para fora do país. “85% da exportação do limão vai para o bloco União Europeia e Reino Unido e 15% ficam na América do Sul. Lembrando que o mercado interno é um forte comprador de limão, aproximadamente 70% fica no mercado interno e 30% que fica para exportação”, explica.
Segundo Raffaelli, os embarques seguem em expansão.
“As exportações de limão brasileiro estão crescendo ano a ano, os volumes estão crescendo e os preços se mantêm estáveis. Então o preço por quilo da fruta exportada está estável, não estamos tendo uma valorização do produto, mas sim em volume, estamos crescendo em volume ano a ano a exportação de limão”.
“O limão tem uma característica muito importante, ele é produzido por pequenos produtores agrícolas, então é uma agricultura que ocupa muita mão de obra, assim é muito importante dentro do setor. No estado de São Paulo, que é o principal produtor brasileiro de limão, hoje nós temos dados oficiais de 150 mil empregos ligados diretamente à cadeia do limão”, destaca Raffaelli.
Entretanto, o setor enfrenta desafios.
“O principal desafio hoje na cadeia, não diria nem de limão, diria de cítricos ou até mais iria na fruta, é a questão de mão de obra, que é o nosso grande desafio. As questões climáticas têm se colocado em segundo lugar com bastante importância e questões fitossanitárias, questões de logística têm sido um grande desafio para cadeia de frutas e limão faz parte dela, então temos sofrido muito com isso também”, relata o diretor.
Para superar os obstáculos, os investimentos têm sido constantes. “Ano a ano nós estamos fazendo novos investimentos em tecnologia, novas variedades, novas técnicas. Nós temos trabalhado em aumentar a produtividade por hectare dos pomares brasileiros, paulistas, de uma forma importante, estamos tendo sucesso. Não é uma coisa que de um ano para o outro você vai ter um aumento expressivo, mas sim é um trabalho de médio e longo prazo. As médias por hectares estão subindo com alguma constância. Os packing houses estão mais adaptados, estão se profissionalizando mais. Então, de uma maneira geral, a cadeia tem se profissionalizado e tem adotado boas práticas agrícolas constantemente”, detalha Raffaelli.
Para Raffaelli, esse movimento pode trazer ganhos importantes para o campo brasileiro. “Isso representará um vasto mercado, teremos aí bons momentos pela frente de expansão de áreas plantadas, o aumento de emprego, geração de renda e distribuição de renda entre os pequenos produtores aqui no Brasil”, conclui.
Fonte: Rede Globo
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Brasil se torna o quinto maior exportador mundial de limão
Informação está em relatório do Departamento de Agricultura dos EUA. Embarques cresceram 18% nos primeiros seis meses deste ano e bateram recorde
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O principal exportador mundial é o México, seguido da Turquia e, depois, África do Sul e Egito. “No Reino Unido, o limão brasileiro se tornou referência em qualidade, tamanho e sabor, segundo o setor. A Holanda tem sido consistentemente o maior importador de limão brasileiro, com ampla margem”, cita do USDA, em relatório.
Caracteriza-se por seu tamanho grande, casca verde espessa e composição sem sementes. Uma de suas características mais marcantes é a capacidade de manter uma casca verde vibrante ao longo de sua vida útil – uma qualidade altamente valorizada nos mercados globais, visto que qualquer amarelamento reduz significativamente o apelo ao consumidor.
“Comparada à indústria brasileira da laranja, a indústria do limão é significativamente menos desenvolvida, resultando em um apelo limitado para processamento em larga escala”, diz o texto.
A produção brasileira de limão cresceu 47% nos últimos dez anos, para 1,72 milhão de toneladas, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Fonte: Globo Rural