As exportações brasileiras de frutas seguem em expansão e devem atingir, em 2025, uma das maiores marcas da história. Apenas no primeiro semestre, o Brasil exportou mais de 546 mil toneladas de frutas frescas e processadas, gerando US$ 583 milhões em receita.
Descrição da imagem: Canary yellow melons in crate loaded on truck from the farm. Transport melons from the plantation. Sunny day.
O resultado do período apontou um crescimento de 27,17% em volume e 12,58% em valor quando comparado com o mesmo período do ano passado. O desempenho mostrou o esforço do Frutas do Brasil, projeto de internacionalização da Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Frutas e Derivados (Abrafrutas), em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), para abrir novos mercados e mesas de negociações internacionais e melhorar a cadeia logística voltada à exportação por parte do setor privado de logística e exportadores.
Entre janeiro e junho, algumas frutas se destacaram em crescimento percentual. O melão foi a fruta mais exportada pelo Brasil, com 118 mil toneladas e alta de 19,74%. Em segundo lugar, o limão surpreendeu com 107 mil toneladas enviadas ao exterior, mantendo a crescente presença no mercado europeu.
A manga aparece na terceira posição, com 88 mil toneladas (+9,54%), mesmo enfrentando concorrência do mercado interno. Já a melancia teve um dos principais resultados do período, com crescimento de quase 76% do volume enviado para o exterior.
O segundo trimestre consolidou a retomada do crescimento, apesar do avanço já identificado nos primeiros três meses do ano. Entre abril e junho, a demanda internacional maior esteve junto à colheita de inverno, equilibrando a oferta e a demanda.
Os resultados demonstram que as estratégias estabelecidas no projeto setorial Frutas do Brasil visando ao aumento das exportações foram corretas. O grande desafio para o setor agora é gerenciar o possível aumento das tarifas para os EUA, terceiro maior mercado para as frutas brasileiras exportadas. Jorge de Souza, gerente técnico da Abrafrutas
Perspectivas para o segundo semestre
O Brasil se prepara para um segundo semestre desafiador enquanto olha para o ano de recordes nas exportações de frutas. Isso porque, historicamente, a segunda parte do ano concentra o maior volume das exportações brasileiras. Frutas como uva, manga e melão atingem a maturação plena entre os meses de setembro e dezembro, período que também coincide com o aumento da demanda no Hemisfério Norte em razão do verão e das festas de fim de ano. Segundo o gerente técnico da Abrafrutas, o setor quer exportar e há demanda dos importadores, mas ainda é preciso resolver divergências que podem atrapalhar esse ciclo virtuoso de geração e distribuição de renda.
Fonte: Associação Brasileira dos Produtores Exportadores de Frutas e Derivados (Abrafrutas).