Quando o pêssego está graúdo, o produtor comemora. Mas o problema é que esse não é o padrão na plantação de Geert Van Den Broek, em Paranapanema (SP).
O produtor conta que uma geada fora de época trouxe prejuízo. A planta entrou novamente em dormência, o que prejudicou a florada e o tamanho das frutas.
Geert calcula que a produtividade deve cair em torno de 40% na comparação com a safra passada. Ele só vê uma saída: colher e vender rápido para escapar da concorrência com o pêssego do sul do país, que chega ao mercado no final do mês que vem.
O agrônomo Fernando Mascaro diz que é difícil concorrer com o pêssego da região sul, que tem produtividade maior e custos inferiores.
O cultivo de pêssego tem recuado no sudoeste paulista. Eram 350 hectares 17 anos atrás e uma produção de sete mil toneladas. No ano passado, a fruta ocupou 177 hectares e a safra não chegou a três mil toneladas. Os dados são do IBGE.
Alberto Nascimento vai colher em média 15 toneladas por hectare. É praticamente a mesma quantidade do ano passado. A plantação também sentiu os efeitos do clima.
A expectativa dos produtores é que pelo menos os preços sejam um pouco melhores durante a safra, principalmente porque a geada mais intensa diminuiu um pouco a produtividade nas plantações do Rio Grande do Sul, Paraná e Santa Catarina.
Por Nosso Campo, TV TEM – 20/10/2019.