O pesquisador Walter Soares, da Embrapa, produziu diversos híbridos para porta-enxertos de citrus e nomeou vários deles em homenagem a pesquisadores da citricultura.
O cultivar Valência/BRS Donadio tem se destacado na produção. Nas fotos a seguir, a partir da esquerda: 1- Valência/BRS Donadio na fazenda Muriti, Colômbia – SP, 16 anos; 2 – Natal/BRS Donadio; 3 – Natal/BRS Donadio, 9 anos, Fazenda Monte Verde – Citrosuco, Itapetininga – SP e 4 – Frutos de Natal/BRS Donadio.
A planta de citros é formada por dois indivíduos distintos: o porta-enxerto, que corresponde às raízes e parte do tronco da planta, e a copa, parte aérea responsável pelas características dos frutos. “É o porta-enxerto que dá sustentação e adaptação ao ambiente no qual a planta se encontra. Então, se ele for resistente a uma doença, por exemplo, vai passar essa característica à combinação copa/porta-enxerto”, explica o pesquisador Walter dos Santos Soares Filho, coordenador do Programa de Melhoramento Genético de Citros (PMG Citros) da Embrapa, iniciado em 1988.
Cinco variedades de porta-enxerto recomendadas ou lançadas pela Embrapa estão sendo usadas em mudas multiplicadas por viveiristas paulistas e adotadas pelos produtores do cinturão citrícola, região composta pelo planalto paulista e Triângulo Mineiro e Sudoeste de Minas Gerais. Os novos porta-enxertos apresentam boa produtividade, boa qualidade de frutos, resistência a doenças importantes da citricultura e tolerância à seca, uma realidade hoje na região.
A participação da tangerineira Sunki BRS Tropical, do trifoliata Flying Dragon e dos citrandarins Indio, Riverside e San Diego, que estão entre os mais utilizados no cinturão citrícola, é comemorada pelos pesquisadores.
CITRUS<BR>Novas variedades de citros ganham espaço nos pomares paulistas | Publicado 09/02/2022 às 16:54 |