

O controle biológico tem se consolidado como uma estratégia eficaz e sustentável para o manejo de pragas na agricultura brasileira. Com aplicações em diferentes culturas e biomas, a prática alia ciência, eficiência e preservação ambiental — e tem conquistado espaço no planejamento de safras em todo o país.
Segundo dados do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), o número de produtos biológicos registrados vem registrando crescimento expressivo nos últimos anos. A tendência acompanha a demanda crescente por sistemas produtivos de menor impacto e maior resiliência.
Alternativa viável e eficaz
Ao utilizar organismos vivos como fungos, bactérias, vírus ou insetos predadores, o controle biológico busca restabelecer o equilíbrio ecológico entre pragas e seus inimigos naturais. Essa abordagem pode ser aplicada tanto de forma preventiva quanto curativa, com vantagens como menor risco de resistência, ausência de resíduos tóxicos e compatibilidade com o manejo integrado de pragas (MIP).
Crescimento impulsionado por políticas públicas
O Plano Nacional de Bioinsumos, lançado em 2020 pelo governo federal, tem sido uma das principais alavancas para a expansão do setor. A política visa fomentar pesquisa, inovação, produção e uso desses insumos na agricultura brasileira.
De acordo com o Mapa, o Brasil é hoje referência global em controle biológico, com ênfase na produção nacional de agentes microbianos, o que reduz custos e favorece a adaptação às condições tropicais. Além disso, o número de biofábricas — unidades especializadas na multiplicação de agentes biológicos — também vem crescendo, especialmente entre cooperativas e associações de produtores.
Impacto direto na sustentabilidade do agro
O controle biológico contribui para uma agricultura de baixo carbono, reduzindo a emissão de gases de efeito estufa associados à fabricação e aplicação de defensivos sintéticos. Também promove a saúde do solo e a preservação da biodiversidade — fatores essenciais para a longevidade dos sistemas produtivos.
FONTE: Agrolink
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Biofertilizantes alimentam a vida do solo.
O sistema de biofertilizantes, feito com caixas simples e de baixo custo, multiplica microrganismos que transformam matéria orgânica em vida.
Essa biotecnologia natural fortalece as plantas, reduz custos e diminui ou elimina a necessidade de agroquímicos sintéticos.
Produzir biofertilizantes é cultivar autonomia, saúde e produtividade. É acreditar que o solo vivo é a base de uma agricultura forte e sustentável.
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O uso de bioinsumos tem se mostrado uma alternativa sustentável e eficiente para a produção de frutas tropicais, como banana, abacaxi, manga e maracujá. Esses insumos biológicos — que incluem biofertilizantes, inoculantes e biodefensivos — auxiliam na nutrição das plantas, melhoram a saúde do solo e promovem um controle natural de pragas e doenças. Além disso, reduzem a dependência de insumos químicos, o que torna a fruticultura mais sustentável e economicamente viável.
Biofertilizantes líquidos e sólidos, compostos por microrganismos benéficos, enzimas, metabólitos, ácidos orgânicos e matéria orgânica, aumentam a disponibilidade de nutrientes essenciais para as frutíferas. Dessa forma, além de potencializar a absorção de macro e micronutrientes, esses insumos também melhoram a retenção de umidade no solo. Como resultado, favorecem o crescimento das plantas e elevam a qualidade dos frutos.
Algumas frutas tropicais, como o maracujá, apresentam boa resposta ao uso de inoculantes. Isso porque eles estimulam o desenvolvimento radicular e, consequentemente, promovem a fixação biológica de nitrogênio. Microrganismos como o Azospirillum favorecem um crescimento mais vigoroso, o que reduz a necessidade de fertilizantes nitrogenados e minimiza os impactos ambientais.
Outra vantagem relevante dos bioinsumos está no controle de pragas e doenças. O uso de biodefensivos à base de microrganismos — como Bacillus thuringiensis, Metarhizium anisopliae e Trichoderma sp. — auxilia no combate a pragas como cochonilhas, mosca-das-frutas e ácaros. Além disso, previnem doenças fúngicas como fusariose e antracnose. Dessa maneira, é possível reduzir a aplicação de defensivos químicos, preservando a biodiversidade e garantindo frutos mais saudáveis.
Por meio da aplicação contínua de bioinsumos, a atividade microbiana no solo é estimulada, o que cria um ambiente mais equilibrado e rico em matéria orgânica. Como consequência, forma-se um solo mais estruturado, com maior capacidade de infiltração de água e menor risco de erosão. A longo prazo, isso beneficia a longevidade dos pomares e melhora a qualidade da produção. Portanto, trata-se de uma prática essencial para a sustentabilidade da fruticultura tropical.
A adoção de bioinsumos na fruticultura tropical proporciona inúmeros benefícios, incluindo maior produtividade, resistência a pragas e doenças e redução do impacto ambiental. Quando o manejo sustentável é aliado ao uso desses insumos biológicos, a produção se torna mais eficiente e alinhada às exigências do mercado. Desse modo, os produtores conseguem garantir frutos de alta qualidade e, ao mesmo tempo, aumentar a rentabilidade de suas lavouras.