De acordo com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), o abieiro foi domesticado pelos índios da Amazônia Ocidental, que em trabalho empírico, porém meticuloso, culminou com a obtenção de tipos com características superiores. Durante muitos anos, a fruta se destacou como importante recurso alimentar das populações indígenas estabelecidas no alto Solimões.
Na floresta, o abieiro pode ultrapassar 20 metros de altura, mas em plantios comerciais não chega a 8 metros. A planta é rústica e necessita de clima quente e grande volume de água, cerca 1.800 milímetros por ano. Daí a necessidade de irrigação.
O resultado é uma fruta de sabor adocicado, com brix (teor de açúcar) de 15%. A polpa comestível é de consistência gelatinosa, branca ou amarelada e contém de 1 a 5 sementes. O peso da fruta varia de 150 e 200 gramas.
O abiu é rico em fibras, vitaminas A, C e complexo B, além de sais minerais, como fósforo, cálcio e ferro. A fruta é consumida na forma natural e de acordo a cultura popular o látex, extraído da fruta verde, pode ser usado para ajudar a cicatrização de feridas.
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“Por meio de enxertia conseguimos padronizar o tamanho do fruto entre 150 e 200 gramas, que é mais apreciado pelo mercado”, conta.
Cerca de 95% da produção do Sítio Shimazaki é comercializada no Ceagesp. “Outros 5% eu vendo na região para ajudar a divulgar o abiu”, conta. As frutas são embaladas em bandejas plásticas de 500 gramas e acondicionadas em caixas de papelão. Cada caixa é comercializada com seis bandejas. O preço no início da safra deste ano oscilava em R$ 20,00 o quilo.
“O abieiro é uma árvore resistente e de baixo custo de produção, não demanda aplicações de inseticidas nem de fungicidas e a adubação é convencional”, conta o produtor, que pretende em maio do próximo ano plano plantar 100 pés de achachairu, uma fruta exótica nativa da Bolívia.
Fonte: Globo Rural