TodaFruta Exclusivo – Data: 22/04/2025 Editor: Luiz Carlos Donadio/ Co-editora: Nicole Donadio / Coordenador: Carlos Ruggiero
RESPOSTAS PARA TODA FRUTA Abril 2025 –
Tatiana Cantuarias-Avilés – Consultora e Pesquisadora na Cultura do Abacate – +55 19 98143-6553, tatiana.cantuarias@gmail.com
1 – Quais são as novas variedades de abacate plantadas em São Paulo?
Desde 2023 o Viveiro Prima Seme Prime (https://www.viveiroprimaseme.com.br/) tem comercializado mudas de avocado Hass e abacates tropicais sobre porta-enxertos da variedade Dusa com tolerância à podridão radicular de Phytophtora cinnamomi. Essas mudas têm sido plantadas em Paraná, São Paulo e Minas Gerais. Em 2024 foram importadas novas variedades copa desde a África do Sul, junto com a variedade Maluma, com frutos maiores e de casca mais rugosa que o Hass, que também está disponível no Brasil.
2 – Por que usar mais de uma variedade de abacate para melhorar a produção?
A abertura floral dessincronizada dos sexos das flores dos abacateiros faz com que a presença de árvores de variedades com abertura floral oposta, ou seja, a presença de variedades com flores abertas em estado feminino concomitantemente com variedades com flores abertas em estado masculino, favoreça a polinização cruzada e isto aumenta a produção e tamanho dos frutos, além de aumentar a retenção dos frutos nas plantas.
3 – Quais são as principais diferenças entre o abacate comum e o avocado?
Comparados com a variedade Hass, chamada de avocado no Brasil, as variedades comerciais de abacate comum Geada, Fortuna Quintal, Margarida e Breda têm maior tamanho dos frutos, maior tamanho das copas, menor teor de azeite na polpa e menor efeito nutracêutico dos frutos, sabor adocicado, distintas necessidades térmicas e menor duração dos frutos no armazenamento pós colheita.
4 – Quais são, os efeitos das mudanças climáticas na abacaticultura?
Os efeitos mais impactantes são as temperaturas extremas e o padrão de chuva irregular e intenso. Esses eventos extremos impactam negativamente a produção e têm aumentado significativamente a necessidade de aplicar manejos para mitigar o estresse climático, a instalação de sistemas de irrigação suplementar durante períodos de estiagem e veranicos, a aplicações de películas protetoras de caulim e de formulações de extratos de algas marinhas e aminoácidos