Produtores estão animados com os aumentos nas vendas externas registrados no terceiro trimestre, de 20% em volume e 27% em valor.
Os números crescem e o setor de frutas comemora, com 20% de aumento em volume de frutas exportadas neste terceiro trimestre do ano, comparado com 2020, setor registra o embarque de mais 757 mil toneladas de frutas enviadas para o exterior. O faturamento aumentou 27%, foram vendidas cerca 652 milhões de dólares de frutas para o mercado internacional, números que tem deixado o setor bastante animado, pois estão próximos de alcançarem a meta de 1 bilhão de dólares em exportações.
Mesmo com a falta de contêineres e aumento dos fretes marítimos, o Brasil tem registrado alta nas exportações de frutas. Destaque para uva com aumento de 73%, seguida da maçã, 58%, manga, 26%, mamão, 21%, limão, 19%, abacate 18% e banana, 16%.
Para o presidente da Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Derivados (Abrafrutas), Guilherme Coelho, o aquecimento nas demandas internacionais, principalmente vindas do mercado europeu, é um dos fatores que justifica essa alta performasse. A valorização do dólar torna a remuneração bem atrativa o que contribuiu também para estes resultados.
Outro fator destacado por Guilherme para este bom desempenho foi as condições climáticas favoráveis que resultaram na boa produção e na melhor qualidade das frutas produzidas, além da abertura de novos mercados que tem se intensificado nos últimos anos através de um trabalho do MAPA com o apoio do setor produtivo. Esse trabalho aliado a uma robusta ação de promoção das frutas brasileiras no mercado externo que vem sendo desenvolvida pela Abrafrutas com o apoio da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex) tem sido decisivo no desempenho positivo das exportações.
“O vento tem soprado a nosso favor, o setor de frutas tem despontado e mostrado o grande potencial. Estamos provando que além de sermos grande produtores de frutas, podemos ser também grandes exportadores. As nossas frutas são as mais saborosas e de altíssima qualidade, este reconhecimento tem vindo através desses números. Afirmo que a fruticultura brasileira tem potencial para expandir ainda mais e alcançar novos mercados”, disse Guilherme Coelho.
Além desses, Guilherme aponta a busca por alimentos mais saudáveis como marco neste crescimento. Segundo ele, o mundo tem consumido mais frutas, pois não existe nada mais saudável. “As frutas são ricas em vitaminas e sais minerais, são versáteis, podem ser bem aproveitadas em pratos doces ou salgados. Alimento que tem de todos os sabores, cores e texturas, agradando diversos paladares e gostos. Além disso tudo, produzimos frutas o ano inteiro”, contou.
Abacaxi, pêssego e goiaba são outras frutas que tem crescido na balança comercial. A goiaba por exemplo, teve aumento nas exportações de 132%, comparadas com o mesmo período de 2019. Considerada pelo mercado internacional como fruta exótica, a goiaba tem caído no gosto dos importadores. Este ano já foram enviadas mais de 354 mil toneladas dessa fruta de cor vibrante e saborosa.
Abacaxi, pêssego e goiaba são outras frutas que tem crescido na balança comercial. A goiaba por exemplo, teve aumento nas exportações de 132%, comparadas com o mesmo período de 2020. Considerada pelo mercado internacional como fruta exótica, a goiaba tem caído no gosto dos importadores. Este ano a região de Carlópolis no Paraná, considerada uma das maiores produtoras de goiaba do Brasil, consegui o selo de indicação geográfica “IG” o que influenciou diretamente no aumento da procura pela fruta.
Para o presidente da Abrafrutas, a meta do primeiro bilhão está próxima e o setor vai comemorar muito, sendo este resultado de muito trabalho e esforço de todos que compõe a fruticultura brasileira, setor dentro do agro que mais emprega e que contribui muito com o desenvolvimento do país.
As exportações brasileiras de manga para a Europa, o principal mercado, subiram 29,3% em volume de janeiro a setembro deste ano, na comparação com o mesmo período de 2020, segundo Frederico Cabral da Costa, sócio da Ibacem Agrícola Comércio e Exportação, de Juazeiro (BA), no Vale do São Francisco, uma das maiores produtoras e exportadoras da fruta, com 28 mil toneladas por ano. Foram embarcadas para a Europa 5.540 caixas de 4 kg de manga, ou 113,4 mil toneladas. Já para os Estados Unidos, o aumento foi de 25%, com volume acumulado de 29,3 mil toneladas.
Frederico Costa diz que o crescimento das exportações em volume de uva foi ainda maior: 94% para os EUA ou 6,97 mil toneladas e 100% para a Europa, com 19,57 mil toneladas embarcadas neste ano.
“Em termos de volume, as exportações de manga estão muito boas, mas em valores, não. A fruta está valendo um euro a menos por caixa na Europa e US$ 0,75 a menos nos Estados Unidos”, diz Costa que exporta sua produção e a de terceiros e não acredita em uma melhora de preços antes de novembro.
Já os valores da uva, segundo o produtor e exportador, estão semelhantes ao do ano passado, mas os embarques brasileiros foram adiados por causa da extensão da safra europeia e só devem se intensificar na terceira semana de outubro. Tradicionalmente, o pico das exportações de manga e uva ocorre de setembro a novembro.
Fonte: Abafrutas.