É um valor muito expressivo e está em alta. Porém, o potencial de crescimento das exportações brasileiras de frutas continua enorme.
O mercado exportador de frutas já vem em crescimento há alguns anos, favorecido pelo dólar valorizado. E, desde os anos 2000, o setor almejava atingir uma meta: arrecadar US$ 1 bilhão com vendas externas. Agora, dados divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex) confirmam que ela foi, finalmente, alcançada!
Em 2021, o Brasil exportou quase 1,19 milhão de quilos de frutas (considerando também cascas de frutos cítricos e de melões), volume recorde e 18% superior ao enviado em 2020. Em receita, foram arrecadados pouco mais de US$ 1,11 bilhão, avanço de 19% na mesma comparação.
No geral, os embarques brasileiros de frutas foram favorecidos pelo dólar e euro valorizados frente ao Real, pela oferta firme de algumas frutas (como mangas, uvas e maçãs), pela demanda consistente nos principais países compradores e, também, pelo mercado doméstico desaquecido, que tornou as vendas externas ainda mais atrativas em 2021.
Para 2022, tudo indica que três destes quatro fatores podem permanecer favorecendo os embarques: o dólar firme, a demanda aquecida nos principais compradores e o mercado doméstico em ritmo lento (já que as projeções econômicas brasileiras ainda não são muito animadoras). Já com relação à oferta, o cenário pode não ser tão positivo quanto em 2021, principalmente porque algumas regiões frutícolas exportadoras – como o Vale do São Francisco (PE/BA) – estão enfrentando chuvas frequentes nos últimos dias, o que pode acarretar em limitações na produtividade e na qualidade.
Outras praças, como as regiões produtoras de maçã do Sul do País, estão sofrendo com a seca, o que, somado à bienalidade negativa da fuji em 2021/22, poderá reduzir a disponibilidade para esta fruta. Estes impactos climáticos estão sendo acompanhados pela HF Brasil com maior profundidade nesta semana: fique de olho nos próximos alertas!
Fonte: hfbrasil.org.br
A fruticultura brasileira está em festa, o setor alcançou a marca de US$ 1 bilhão de dólares em exportações de frutas em 2021. O país enviou para o mercado internacional cerca de 1,2 milhões de toneladas de frutas, 18% a mais em volume registrado no último ano. O faturamento foi de US$ 1,060 bilhões de dólares, crescimento de 20%.
Segundo a Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Frutas e Derivados (ABRAFRUTAS), as vendas para o mercado internacional se tornaram atrativas e foram intensificadas com a valorização do dólar e euro frente ao real, o que resultou nessa conquista almejada já algum tempo.
O clima foi outro fator que favoreceu a produção, foram realizadas boas safras, ou seja, houve aumento de produtividade e qualidade, principalmente, as culturas que estão no topo das exportações.
Além desses dois fatores, foi percebido com o objetivo de aumentar a imunidade, maior consumo de alimentos saudáveis desde o começo da pandemia, o que resultou em mais vendas de frutas no mercado nacional e internacional.
A manga foi a fruta mais exportada em 2021, foram embarcadas cerca de 272,5 mil toneladas de fruta. Ela está no topo das exportações e teve aumento de 12% em relação aos envios no mesmo período de 2020.
Em relação aos aumentos percentuais, destaque para a maçã com faturamento de 79% a mais que em 2020, e 58% em volume. Os envios foram de 99 mil toneladas de frutas enviadas ao mercado internacional, principalmente o mercado europeu que detém ao todo, cerca de 70% dos envios das frutas brasileiras.
A uva foi outra fruta que teve grande aumento nas exportações durante o ano. Foram contabilizados crescimento de 55% em volume e 43% em valor. Mamão, limão, melão também tiveram crescimentos expressivos.
Ao considerar somente o mês de dezembro, as exportações brasileiras de frutas totalizaram 131,4 mil toneladas, crescimento de 6% superior ao registrado no mesmo mês de 2020, com 123,8 mil toneladas. Em receita, houve aumento de 3%, com US$ 109,2 milhões registrados em dezembro de 2021, ante US$ 106,5 milhões no ano anterior.
“Estamos bem felizes e animados com o resultado conquistado, é momento de comemorarmos muito. O Brasil é um grande produtor de frutas e mais do que isso, nossas frutas são de altíssima qualidade e extremamente saborosas, por isso cada vez mais estamos ganhando o paladar do consumidor internacional. Além disso, as pessoas estão em buscas de alimentos mais saudáveis. Eu costumo dizer que não existe nada mais saudável que as frutas”, afirmou o presidente da Abrafrutas, Guilherme Coelho.
O presidente ressalta ainda a organização do setor como elemento que contribuiu com este resultado. “Desde 2014, data de criação da nossa associação, o setor vem se organizando melhor e de maneira mais madura os produtores puderam aproveitar mais as oportunidades que surgiram. Além disso, a parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (APEX-Brasil), por meio do projeto Frutas do Brasil, proporcionou a promoção das nossas frutas no mercado internacional, favorecendo a chegada dessa marca de 1 bilhão em exportação”, disse.
Para o presidente da Associação é importante destacar que a fruticultura é um segmento socioeconômico e ambientalmente sustentável. As frutas exportadas possuem certificações internacionais, como o Global Gap, Rainforest Alliance, GRASP, Fair Trade, Tesco Nurture, BSCI, HACCP / APPCC. Ainda, este é o setor do agro que mais emprega, são cerca de 5,5 milhões de empregos diretos.
A Abrafrutas tem intensificado os trabalhos e construído importantes relações, tem trabalhado na abertura de novos mercados e ampliação dos existentes em parceria com o Ministério da Agricultura. Nesta semana, tiveram a ótima notícia da abertura do mercado chileno para o limão taiti brasileiro, o que é muito positivo para o setor.
Fonte: Comunicação Abrafrutas – Telma Martes.